O dia 31 de março foi marcado por mais de 30 atos contra a ditadura militar de ontem e de hoje. Por todo país, partidos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais foram às ruas para remover a escória fascista das ruas.
Entretanto, para os pilantras da imprensa burguesa, nada disso ocorreu. O caso mais gritante ocorreu na televisão. O reacionário apresentador de televisão, José Luiz Datena, em seu programa sensacionalista e de nível rasteiro na TV Bandeirantes, Brasil Urgente, se viu pressionado a mostrar imagens do ato puxado pelo Partido da Causa Operária (PCO) contra a ditadura.
Datena, que vive em um eterno 1º de abril, resolveu desinformar seu público dizendo que o ato era pela reabertura do comércio. Obviamente, tão logo disse isso, foi obrigado a cortar as imagens. Afinal, elas diziam o contrário. O grande ato, que fez com que a direita corresse da Avenida Paulista, era contra Bolsonaro, por Lula presidente e contra a ditadura.
O apresentador-fantoche é um dos encarregados pela direita reacionária e pela burguesia de espalhar mentiras em horário nobre, confundindo os trabalhadores e mobilizando a direita de acordo com os interesses do PSDB e outros.
Deve-se lembrar o jocoso caso onde Datena, durante os atos de 2013, colocou uma enquete em seu programa perguntando ao público se ele seria a favor de manifestações “com baderna” ou “sem baderna”. O povo, que não é otário, votou massivamente pela “baderna”.
Mais perdido que cego em tiroteio, Datena pediu para a produção do programa zerar a enquete. Outra vez, para não restar dúvidas, o público votou pela “baderna” para desespero do eterno aspirante a político.
A situação foi, apesar de escatológica, bastante importante para o desenrolar da situação em 2013. Como dito em diversas análises feitas pelo PCO, os atos de 2013 eram, principalmente, contra a direita e o PSDB. A partir disto, a extrema-direita, impulsionada pela direita tradicional adentrou os atos, subvertendo-os em um protesto contra pautas abstratas como o “combate a corrupção”. Fica claro que o alvo desta nova pauta era o governo de Dilma Rousseff (PT).
O PCO fez uma palestra-debate analisando os atos de 2013. Você pode conferir no link abaixo:
Na situação deste 31 de março, o foco das manifestações é o Fora Bolsonaro, Lula presidente e contra a ditadura. Entretanto, tudo que a burguesia e a direita não querem é que o governo, ilegitimamente liderado por Bolsonaro caia. Por isso, Datena e o restante da imprensa burguesa farão de tudo para esconder as manifestações. Correm o risco de alimentar novos atos se assim não o fizerem.
Em Pernambuco, o Jornal do Comércio e a Folha de Pernambuco, assim como Datena, também sofrem de doença que causa cegueira seletiva. Ambos os jornais fingem que não houve atos contra a ditadura.
A Folha de Pernambuco teve a capacidade de ignorar o ato chamado pelo PCO, que ocorreu no Monumento Tortura Nunca Mais. Em seu lugar, fez uma simplória notinha sobre uma faixa contra a ditadura colocada no monumento durante a madrugada.
O observador menos atento terá a impressão de que não houve ato em Recife. Entretanto, as fotos publicadas na imprensa do PCO demonstram o contrário.
A mesma coisa ocorre na Bahia, onde conhecidos veículos de imprensa, como Metrópole, A Tarde e Correio da Bahia noticiaram apenas um ato da direita, ignorando o ato puxado pelo PCO, Comitê Luta contra o Golpe, sindicatos e pessoas ligadas ao PT.
A imprensa burguesa é a maior produtora de fake news e de ocultação da verdade. A Rede Globo e outras empresas do ramo da comunicação são especializadas não em fornecer informação ao público, mas em escondê-la de acordo com a sua conveniência e os interesses de seus patrocinadores.
Jornalistas e repórteres destes veículos de imprensa não passam de assessores de comunicação da burguesia, veiculando sempre matérias positivas a seus patrões ou negativas a quem esteja contra eles. Os jornais e televisões burguesas são verdadeiros órgãos de relações públicas dos capitalistas.
Quando são obrigados a veicular notícias sobre atos e atividades da esquerda, o fazem sempre ocultando dados, distorcendo falas, além outras pilantragens comuns a atividades destes “isentos” profissionais.
Os grandes conglomerados de comunicação não passam de fábricas de mentiras e calúnias. A única maneira de combatê-los, como já dizia Lenin, é através da criação e do fortalecimento da imprensa operária. Apenas uma imprensa operária forte, massificada e coesa pode combater a máquina de mentiras e aparelho ideológico da burguesia.