Nesta quinta-feira (04), o agora ex-procurador Deltan Dallagnol anunciou sua saída do Ministério Público Federal (MPF). Ademais, após 18 anos no Ministério, Deltan afirma sua entrada no Podemos, partido de Moro. Seu plano é concorrer à uma cadeira no Congresso em 2022.
A trajetória de Dallagnol já é bem conhecida. Foi uma das principais peças dentro da lava-jato, operação organizada pelo imperialismo para intensificar o processo golpista no Brasil sob o pretexto de “combate à corrupção”. Ao lado de Moro, foi responsável por arbitrariedades jurídicas grotescas que resultaram, dentre outras coisas, na eleição de Bolsonaro.
Vale ressaltar que, apesar do que a imprensa burguesa vem noticiando acerca do caso, esse anúncio não representa a entrada de Dallagnol na política. Afinal de contas, ele fez parte da maior operação “anticorrupção” do Brasil, operação esta que, principalmente agora, foi desmascarada como um imenso golpe. Ou seja, ele sempre esteve na política, só que antes, de forma mascarada.
A burguesia prepara um novo golpe contra a candidatura de Lula em 2022. Seja pela chamada terceira-via, seja por meio do próprio Bolsonaro, uma coisa é certa: fará de tudo para impedir a volta de Lula à presidência. E a junção de elementos centrais da política golpista em partidos como o Podemos pode representar a construção de mais uma alternativa a Lula.