A permanência da greve dos caminhoneiros mostra a diversidade da categoria. É impossível classificá-la simplesmente como um locaute direitista. O movimento é contra a alta nos preços dos combustíveis, provocada pela política da Petrobrás imposta pelos golpistas desde julho de 2017, quando se determinou a livre variação de acordo com o câmbio e os preços internacionais. Portanto, em seu conjunto, greve dos caminhoneiros tem um forte potencial de desestabilização definitiva do governo golpista.
Os petroleiros já entenderam isso, e a Federação Única dos Petroleiros – FUP – já anunciou uma paralisação de 72 horas nessa semana, com uma pauta altamente politizada: contra as políticas golpistas de preços de combustíveis, contra a privatização da Petrobrás, pela soberania do país no setor energético.
É o momento, portanto de se fazer a chamada por uma greve geral contra o golpe, pela anulação do impeachment de Dilma Rousseff, pela revogação de todas as medidas golpistas, pela liberdade imediata de Lula e todos os presos políticos, pela reestatização da exploração e distribuição de todo o petróleo nacional.
Somente a CUT, Central Única dos Trabalhadores, pode e deve fazer esse chamado com urgência, e derrotar de uma vez por todas Temer e todos os golpistas.