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Crise na terceira via

Crise entre BolsoDoria e BolsoLeite nas primárias do PSDB

Doria não aceita votação eletrônica e prévias tucanas entram em empasse

Com a aparição de novos pretensos candidatos, como o ex-juiz Sérgio Moro e a indecisão no interior do PSDB, o principal partido da burguesia golpista, sobre quem será de fato o candidato da terceira via, a crise do plano “nem Lula, nem Bolsonaro” rapidamente se acentua.

É o que mostra a reportagem publicada no último dia 11 pela Folha de S. Paulo, um dos principais órgãos da imprensa golpista na defesa da terceira-via e da frente ampla. Revelando novas informações sobre a votação nas prévias do PSDB, a reportagem mostra os inúmeros conflitos presentes no principal partido da terceira-via.

Mesmo com toda a cobertura da Rede Globo, as prévias do PSDB vêm se tornando um dos principais focos de crise da campanha da burguesia. Doria acusa Eduardo Leite, seu principal adversário, de tentar fraudar as eleições. Por outro lado, o governador do Rio Grande do Sul, inverte e acusação e se coloca como supostamente o candidato mais “popular” no interior do partido.

Aliados de Doria desconfiam abertamente do novo aplicativo, desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Esse aplicativo, único plano de organização das eleições por parte do PSDB, seria uma espécie de urna eletrônica, a mesma que a burguesia afirmou serem “invioláveis”. No entanto, se na hora de fraudar as eleições contra a esquerda as urnas eletrônicas são viáveis, Doria e todo um importante setor da burguesia não parecem ter a mesma concepção quando as urnas são fabricadas pelo outro lado.

Em meio a este impasse, que só poderá ser resolvido quando todos os três candidatos (Eduardo Leite, João Doria e Arthur Virgílio) concordarem com o método em que se dará as eleições é um reflexo da crise geral presente na terceira via como um todo. Eduardo Leite e seus aliados chantageiam Doria afirmando que caso não aceite o aplicativo desenvolvido no Rio Grande do Sul, as eleições não terão previsões de ocorrer, o que seria contra os interesses de Doria, já que segundo as informações da imprensa, teria o maior número de apoiadores, já que São Paulo teria número majoritário de eleitores na disputada.

Nos bastidores do conflito, aliados de Doria afirmam que inclusive a insegurança a respeito do aplicativo nas eleições poderá levar à judicialização das prévias. Do outro lado, Eduardo Leite e seus aliados falam que o aplicativo iria “democratizar” as eleições, possibilitando que todos os filiados cadastrados no país pudessem votar, algo que nas votações presenciais é exigido uma maior organização do PSDB, algo que São Paulo possui e outras regiões não possuiriam. 

Independente das posições mais ou menos democráticas levantadas pelos figurões do PSDB, a crise entre Leite e Doria, ou como bem podem ser chamados, BolsoLeite e BolsoDoria é a crise da política do principal setor da burguesia e do próprio imperialismo, que visa manobrar nas vésperas das eleições de 2022.

Para a burguesia a ideia de uma terceira via está na ordem do dia desde o início da campanha de vacinação de João Doria. No entanto a falta de sucesso do governador de São Paulo em se tornar uma figura supostamente “popular” em meio as manifestações dos trabalhadores, mesmo com o apoio de setores da esquerda pequeno-burguesa, que se lançaram à reboque da burguesia na política de frente ampla, vem resultando em uma crise generalizada a medida que Lula e Bolsonaro despontam nas pesquisas eleitorais organizadas pela própria burguesia.

Nas manifestações, figuras como Doria, Ciro, entre outras, foram completamente rechaçadas e a tentativa de sequestro por parte da direita dos atos populares fracassou com o avanço cada vez mais à esquerda do movimento dos trabalhadores. Diante desta crise, a burguesia tenta uma nova investida com o PSDB, ao mesmo tempo que aparece a alternativa de Moro, como uma outra possibilidade para as eleições.

A votação está marcada para o próximo dia 21, até o momento não há qualquer perspectiva sobre de que forma será mantida a disputa interna nas prévias tucanas. O PSDB afirmou não haver um “plano B”, no entanto, aliados de Doria veem com otimismo as ações judicais tomadas pelo setor contra Eduardo Leite, em uma sucessão de golpes no interior do principal partido da burguesia.

Mesmo com tamanha crise, a imprensa burguesa busca colocar panos quentes na situação e não fazer tanto alarde, tratando com cautela o problema. Fica claro que a burguesia ainda vê como plano número 1 o lançamento de uma candidatura da terceira via e que a mudança de posição, para um possível apoio a Bolsonaro, só se dará mais próximo às eleições. 

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