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Ataques contra a esquerda

Casos Glauber Braga e Renato Freitas mostram tendência à ditadura

Cassação de mandato de parlamentares da esquerda mostram que o regime político caminha a passos largos para uma ditadura escancarada contra o povo

Para levar adiante o golpe de 2016, bem como a prisão de Lula, em 2018, a burguesia fabricou uma série de campanhas para justificar os seus próprios interesses golpistas. À época, toda essa incursão se deu em torno da luta contra a corrupção, um pretexto vazio sobre o qual se respaldou as ações inconstitucionais dos capitalistas.

Agora, estamos diante de ainda mais uma etapa deste golpe. A campanha da vez está na luta contra as chamadas “fake news”, e o algoz, assim como em outros períodos, é o Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas últimas semanas, a burguesia, no Brasil, revelou, de maneira mais concreta, como se dará essa campanha. O caso em questão são os ataques do STF contra o PCO que, em uma canetada vinda das mãos de Alexandre de Moraes, bloqueou todas as contas nas redes sociais do Partido e determinou a intimação do Presidente Nacional da legenda, Rui Costa Pimenta, junto à Polícia Federal (PF).

Por si só, os ataques do STF contra o PCO representam um indício claro de que a situação política no Brasil se aproxima de uma ditadura aberta a passos largos. Ao mesmo tempo, confirmando este prognóstico, dois outros casos recentes demonstram que a burguesia está com sangue nos olhos contra os direitos democráticos do povo. A pintura de um panorama gravíssimo.

O caso de Renato Freitas (PT) e de Glauber Braga (PSOL)

Renato Freitas, vereador do Partido dos Trabalhadores (PT) do Paraná, realizou um ato público, no início deste ano, que, por determinados motivos, adentrou uma igreja na cidade.

À época, este Diário se posicionou acerca desta política como um erro. Afinal, não é correto ingressar em um lugar de culto religioso sem a autorização daqueles responsáveis pelo local. Entretanto, ficou claro que se tratava de um problema menor. Um erro pelo qual Freitas deveria simplesmente pedir desculpas. Mas não foi o que ocorreu.

Renato Freitas teve seu mandato cassado pela Câmara Municipal de Curitiba após votação. Ou seja, o voto de milhares de pessoas foi anulado em decorrência de um simples erro que, aos parlamentares, se configurou como “quebra do decoro parlamentar”. Uma intervenção às claras no processo eleitoral da cidade.

Poucos dias após a escalada da situação de Renato Freitas, o deputado Glauber Braga, do PSOL, também foi incluído no processo de cassação de seu mandato. Seu “crime” foi, simplesmente, bater boca com Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Ao mesmo tempo, o pedido do PSOL pela revisão desta decisão foi negado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Ou seja, criou-se um clima em que é preciso cautela com o que é dito. Pois, em qualquer momento, qualquer juiz pode colocar qualquer um em uma situação de punição drástica. Tudo baseado no que está na cabeça de tal juiz.

Afinal de contas, os “crimes” cometidos pelos parlamentares de esquerda se resumem a direitos fundamentais a absolutamente qualquer regime minimamente democrático.

Nesse sentido, fica claro que já existe uma condição imposta sobre o País por parte da burguesia na qual estabeleceu-se uma série de precedentes jurídicos que viabilizam, de maneira acelerada, ataques contra os direitos democráticos do povo.

Finalmente, cassar os parlamentares citados é um atentado direto contra o regime representativo que existe no Brasil. Sem contar na flagrante censura imposta pelo skinhead de toga do STF contra o PCO baseado em publicações avulsas realizadas nas redes sociais do Partido. Publicações que, assim como os “crimes” cometidos por Renato Freitas e Glauber Braga, não podem ser enquadradas em absolutamente nenhuma denúncia sem que represente uma quebra das garantias fundamentais da Constituição Federal vigente no País.

Está escancarado o avanço do regime político brasileiro no sentido de uma ditadura cada vez mais repressiva. Os próximos momentos serão decisivos no que diz respeito até que ponto será possível retardar tal investida. Mas o fato é que um acirramento dos ataques da burguesia contra os trabalhadores e as suas organizações é inevitável.

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