Da redação – Na quita-feira (13), a Delegacia de Homicídios fez uma operação em dois estados para cumprir mandados de prisão e de busca de apreensão em relação ao assassinato cometido contra Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
Os policiais estiveram em mais de 15 endereços por todo estado do Rio de Janeiro e ainda na cidade de Juiz de Fora, localizada em Minas Gerais.
Segundo a polícia, a operação foi realizada para prender os milicianos (policiais fora da atividade) envolvidos no caso de Marielle. Não se sabe se os verdadeiros culpados ou se são apenas alguns envolvidos que serviram de bode expiatório para resolver uma crise gerada em torno do problemas.
E, de fato, este é o único fato que dá para saber. Sendo eles ou não, a prisão de alguns milicianos foi um pretexto dos golpistas para resolver momentaneamente o assassinato político de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.
Outra coisa é que arrumaram um pretexto que, ao que tudo indica, é fajuto. As forças policiais dizem que foi um conflito sobre o caso da grilagem de terras na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo as informações da polícia, Marielle estaria denunciando a grilagem e por isso foi alvo dos milicianos.
O secretário de Segurança Pública, General Richard Nunes, disse:
A milícia atua muito em cima da posse de terra e assim faz a exploração de todos os recursos. E há no Rio, na área oeste, na baixada de Jacarepaguá, problemas graves de loteamento, de ocupação de terras. Essas áreas são complicadas
Entretanto, parece se tratar de apenas um desculpa esfarrapada para esconder o fato de que Marielle estava denunciando a atuação da própria polícia militar e das forças armadas nas comunidades onde atuava. A suspeita é levantada por todo mundo. Por observações óbvias, chega-se a conclusão de que Marielle foi assassinada pelo polícia ou as FA. Seu trabalho na Maré colocava em risco o trabalho genocida dos militares, e por isso teve de ser executada.