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Correios

Bolsonaro e direita “civilizada” se unem para vender os Correios

Projeto de autoria de Gil Cutrim (Republicanos) pretende vender 100% da estatal à capitalistas imperialistas, deixando o povo à beira da miséria

Na tarde do dia 5 de agosto, quinta-feira, foi aprovado na Câmara dos Deputados o texto-base para a privatização dos Correios. A entrega da estatal que emprega mais de 100 mil trabalhadores foi aprovada por 286 votos a 173.

O projeto é de autoria do deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA), que defende a completa privatização da estatal, e, sem surpresa, teve apoio da dita “direita civilizada”, que, portanto, abriu caminhos para um maior esmagamento do povo. Curiosamente, Gil Cutrim (ex-PDT) é aliado de Flávio Dino, atual governador do Maranhão, ex-PCdoB e atual PSB — também conhecido como um dos maiores entusiastas da frente ampla e da aliança com a direita.

O que chama a atenção são os supostos aliados da esquerda contra Bolsonaro: partidos como PSDB, Cidadania, Solidariedade, Avante e PV votaram a favor da privatização, com quase a totalidade de seus deputados mantendo esta posição. Já os aliados que são supostamente parte da esquerda, como PDT e PSB, tiveram pelo menos 3 votos cada de seus deputados a favor da entrega dos Correios.

A política de Paulo Guedes, ministro da economia de Bolsonaro, já visava o entreguismo desde o começo. É a política da burguesia e do imperialismo, uma política de direita que demonstra a sua contradição com a população, que, por sua vez, está prestes a ser esmagada ainda mais.

Os partidos citados acima tiveram destaque nos meios de esquerda por participarem das mobilizações contra o governo Bolsonaro, formando uma suposta oposição que auxiliaria na luta popular. A votação da privatização dos Correios é apenas mais um dos fatos que desmentem essa posição, demonstrando o verdadeiro lado da direita “democrática”, “antifascista” e “científica” — o próprio Diogo Mac Cord, secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, afirmou em julho que o objetivo do governo é privatizar 100% da estatal, mesma posição do relator do texto-base, aliado de Dino, e, portanto, integrante da frente ampla.

A privatização dos Correios irá impactar diretamente seus 100 mil funcionários, assim como suas famílias. Além disso, significará um sucateamento e encarecimento dos serviços, assim como a desagregação das agências pelo mais de 5.000 municípios pelo Brasil afora, dificultando o acesso do povo a esta importante forma de comunicação — a empresa irá virar seus objetivos completamente ao lucro (mesmo que este já exista), desviando seus olhos de seu objetivo principal: atender o povo.

A privatização dos Correios segue pelo mesmo caminho da Eletrobrás e da Petrobrás: estas continuam acontecendo, avançando com o apoio da direita golpista, sem nenhuma aparente oposição. Bolsonaro segue sua política ao lado do chamado “centrão”, sem obstáculos aparentes.

É por esse motivo que a população precisa se mobilizar. Os trabalhadores precisam, com urgência, organizar uma greve com ocupações e paralisação total das atividades para protestar contra esse grande ataque contra si e contra toda a população brasileira. Essa mobilização tem como dia ideal o dia 18 de agosto, quando a mobilização nacional pélo Fora Bolsonaro, assim como a mobilização de diversos trabalhadores de outras categorias, já está sendo organizada.

A esquerda também precisa se mexer. A luta contra as privatizações deve ser uma das pautas principais dos atos. É também necessário romper qualquer tipo de aliança com a direita nos atos, uma vez que, como visto, esta está do lado de Bolsonaro em questões fundamentais. 

A CPI e uma ou outra declaração isolada não definem a posição da direita sobre Bolsonaro. Os direitistas e a imprensa golpista são representantes e porta-vozes da burguesia, e tem como um de seus objetivos no momento estabelecer um caminho para a terceira via que, por sua vez, independente de qual figura específica ocupará essa posição, irá executar a mesma política de Bolsonaro, podendo inclusive o fazer de maneira muito pior, promovendo um maior esmagamento do povo, da esquerda e do país.

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