O governo Jair Bolsonaro está criando instrumentos para impedir que os servidores públicos federais exerçam o direito de greve. Trata-se de monitorar a atividade grevista, registrar quem são os aderentes, o dia do início e do fim e descontar automaticamente dos salários. Isso gera uma base de dados para a posterior perseguição política e a demissão de servidores.
A instrução normativa assinada pelo Ministério da Economia, comandado pelo Chicago Boy Paulo Guedes, permite que o governo exerça o monitoramento.
Os servidores públicos federais, estaduais e municipais deflagraram um dia de greve, que foi realizada no dia 18 de agosto, contra a proposta de Reforma Administrativa apresentada por Bolsonaro ao Congresso Nacional. No dia 19 os trabalhadores dos Correios entraram em greve contra a privatização da estatal aprovada na Câmara dos Deputados.