Em crise por não conseguirem construir artificialmente um candidato da terceira via que seja capaz de combater Lula, o PSDB entrou em reunião emergencial na última segunda feira (15/11) a fim de evitar adiamentos das pré-candidaturas presidenciais, marcada para o dia 21, próximo domingo, com João Doria, Eduardo Leite e Arthur Virgílio.
Levantou-se no partido a proposição de que a escolha do candidato a presidente seja feita de forma online, através de um aplicativo da sigla. O partido afirmou que todos os filiados ao PSDB poderiam votar; entretanto, pesquisas em torno do código mostraram que o aplicativo de votação possui inúmeras vulnerabilidades e que poderia ser facilmente hackeado. O aplicativo é tão frágil que sofreu um ataque de invasão na segunda-feira (15) contra 43 perfis cadastrados que quase foram deletados.
Se, por um lado, Doria propõe não usar o aplicativo, Leite e Arthur Virgílio gostariam de adiantar a votação, tendo o aplicativo como principal ferramenta. De qualquer modo, discute-se internamente no PSDB que, independente das vulnerabilidades existentes, o pleito não será feito em cédulas de papel.
A instabilidade quanto à segurança do aplicativo e os desentendimentos internos fragilizaram ainda mais a imagem do PSDB, mas estes são problemas recentes. O PSDB é um partido sem base real, sem militantes e que ainda contribuiu para o golpe de 2016 contra Dilma. O que sustenta o PSDB é a compra de votos e os conluios políticos.
E manter os conluios políticos está diretamente relacionado a ter candidatos à presidência ou até representantes do partido em posições estratégicas no governo. Não é à toa que lançaram estes três candidatos. Todos eles com imagem duvidosa junto ao povo.
É preciso ressaltar que nenhum dos três candidatos representa a população, ao contrário, são representantes do imperialismo. Qualquer um deles, se eleito presidente com voto impresso ou eletrônico, representaria a continuidade e o aprofundamento das políticas neoliberais da atualidade, levadas a cabo pelo governo Bolsonaro.
Em resumo, Leite aparentemente gostaria de fomentar ao máximo os votos online neste momento, principalmente porque seus votantes estão desconcentrados em inúmeras áreas distantes. Ao passo que Doria tenta convencer aos demais em continuar com o voto em cédula de votação.
Os candidatos do PSDB sabem que o voto eletrônico não transmite segurança e é ainda mais fácil de burlar. No caso do PSDB, que se trata de um aplicativo eletrônico online, tudo se torna ainda menos confiável, diferente da urna eletrônica, que funciona de modo off-line. Eles só defendem voto eletrônico em eleições presidenciais nacionais, porque eles controlam o TSE, mas quando se trata de eleições internas, os membros do partido sabem que o voto eletrônico não é confiável.