Em nome do antidemocrático e injusto “teto de gastos”, a pedido dos banqueiros, que a cada ano lucram bilhões extorquindo os brasileiros com juros, o presidente Jair Bolsonaro (PL) está intensificando seus ataques contra o povo para favorecer a burguesia, que se vê numa forte crise política e econômica.
O presidente havia prometido reajustar o salário dos servidores federais, categoria que vem sendo alvo dos ataques burgueses, sobretudo os servidores das estatais que estão sendo oferecidas a preço de banana para parasitas do mercado financeiro.
Nessa segunda-feira (13), a justificativa fajuta de Bolsonaro para cancelar o reajuste federal foi os aumentos de despesa do governo, que terá que cortar gastos em todos os ministérios e ainda tentar “vencer a legislação eleitoral e dobrar no mínimo o valor do auxílio–alimentação”.
“Perdeu o servidor, está sem reajuste, eu lamento. Chegou mais uma conta para eu pagar agora, mais R$ 9 bilhões. Eu tenho teto. Vou cortar de tudo quanto é ministério, até de Saúde e Educação. Entrou o Plano Safra, entraram precatórios, entrou bônus. A ideia minha era dar pelo menos 5% para o servidor, cortando de ministérios. Lamentavelmente, não tem reajuste para servidor”, informou o presidente.
Esse governo federal, que se diz patriota, na verdade, age contra o Brasil, contra seu patrimônio nacional, contra sua cultura e, apesar de se dizer antissistema, estará junto com a burguesia que o pariu para continuar atacando a classe operária brasileira. De 2016, ano do golpe, para 2022, a burguesia já acabou com a previdência social, com os direitos trabalhistas e agora entrega uma estatal robusta e rentável, como a Eletrobrás, por menos de 10% do seu valor real, que certamente vale no mínimo um trilhão de reais. Até o Tribunal de Contas da União (TCU), que aprovou a entrega vergonhosa da empresa, avaliou seu valor em torno de 130 bilhões, mas ela foi vendida por 100. Os brasileiros poderão perder ainda a Petrobrás, os Correios e os principais bancos nacionais e universidades.
A nefasta ideologia política da burguesia mundial é estimular o neoliberalismo, cuja cartilha prega privatizações das principais estatais, contenção de despesas, redução dos direitos trabalhistas, previdenciários, para que no futuro o Estado mínimo possa proporcionar saúde e educação, além de alcançar uma saúde financeira, um verdadeiro engodo, pois essa cartilha já está em atividade desde o consenso de Washington, em 1989, e o que vemos é um recrudescimento da decadência sócio-política da sociedade mundial, que está cada vez mais excludente e moendo os seres humanos, sobretudo os da classe trabalhadora, que, sem saúde, educação, habitação e emprego, vem pagando a conta desse assalto às economias nacionais para salvar a burguesia.
O governo Bolsonaro está a serviço desse projeto excludente e imoral, que só leva a sociedade ao desemprego, miséria, violência, fome e, consequentemente, morte e colapso.
Ao defender esse modelo de política, Bolsonaro se coloca mais uma vez como candidato capacho da burguesia, que novamente, apesar do engodo de combatê-lo, irá apoiá-lo para tentar derrotar Lula, que é a única candidatura que pode derrotar o golpe de Estado e implantar, com apoio popular, um governo que tenha coragem de reestatizar todas as empresas privatizadas, valorizar os servidores públicos, defender nossa soberania nacional e construir um plano de governo popular e democrático.
Para derrotar Bolsonaro e todos os golpistas, o apoio a Lula é fundamental, mas lutando nas ruas, mobilizando a população, pois ficar em casa acreditando em pesquisas eleitorais é dar mais condições para a burguesia manipular o pleito e manter o golpe de Estado.