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A inviabilidade de Dória

A iminente liquidação da candidatura de Doria e a crise da 3ª via

Rumo à unificação

Os nomes para a terceira via ainda estão em jogo. Bolsonaro é tido como uma figura muito instável, difícil de controlar, motivo pelo qual os principais setores da burguesia não quererem o atual presidente da República frente ao executivo por mais quatro anos. Mas também não querem o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. Segundo o empresário e analista Luis Stuhlberger em entrevista ao jornal golpista da democracia e pro-imperialista Estadão.

Segundo o jornal imperialista Le Monde, Lula, que “já está em campanha, está trabalhando para mobilizar a esquerda e seduzir o centro, com uma estratégia clara em mente: ser o ‘Joe Biden do Brasil’ . O ex-metalúrgico tomou como modelo o galã de Donald Trump. Ele sonha consigo mesmo como um grande reconstrutor de uma nação brasileira em ruínas, ‘pequeno avô dos povos’ pacificador, benevolente, unificador, protetor. Lula não hesita em lembrar que em 2022 completará 77 anos, a mesma idade de Joe Biden em sua campanha vitoriosa. O mundo pertence aos septuagenários…

Ainda segundo o mesmo jornal, Seguro de si e do seu carisma, o tribuno de esquerda avança sem se preocupar com um programa ou propostas específicas, contentando-se em invocar a memória dos anos dourados que foram os dos seus dois mandatos (2003-2011), que viram 40 milhões de brasileiros tirados da pobreza e o país atinge o pico de sua popularidade. ‘Eu não preciso fazer nenhuma promessa. Já fiz a diferença neste país‘ , confidenciou Lula recentemente ao jornal britânico The Guardian .”

O temor do empresariado é a possibilidade de sequer existir um candidato à terceira via competitivo para disputar as eleições. Contudo fica nas entrelinhas que o empresariado tenta atingir Bolsonaro na esperança de que ele mude de atitude, e com isso demonstram claramente que eles dariam seu voto a Bolsonaro mas de maneira nenhuma a Lula, que representa para o empresariado o que há de pior, apesar de esforços do ex-presidente Lula de se apresentar como uma opção viável para o empresariado.

Para o empresariado esse cenário de não haver nenhum nome viável para a terceira via é comparável ao ‘apocalipse’ e causa desespero na categoria, segundo Luis Stuhlberger, em entrevista ao Estadão, “Se tivéssemos um único candidato do centro, haveria três disputando o primeiro turno, com uma chance de uma alternativa a Lula e Bolsonaro ir para o segundo turno. Mas, na prática, isso não existe. Os empresários – e eu estou junto a eles – estão literalmente apavorados com a hipótese de ter de escolher num segundo turno entre Bolsonaro e Lula, no ano que vem. O empresariado está desesperadamente buscando um candidato do centro.” A avaliação de setores do empresariado é que João Dória tem muito a perder caso fracasse em 2022. Aparentemente o empresariado procura algum candidato que, caso perca em 2022, ainda tenha fôlego para disputar em 2026.

A julgar pelas últimas cenas, a terceira via continua dando mostras de que não está conseguindo um nome que satisfaça aos empresários e menos ainda ao PSDB que é o principal partido da burguesia imperialista e caso se mantenha essa tendência o normal é ir para o apoio ao Bolsonaro.  A maioria dos presentes na última reunião da Executiva tucana manifestou descontentamento com a possibilidade de Dória ser candidato à presidência. 

Além disso, o ex-governador fascista de São Paulo, João Dória (PSDB), com sua personalidade exacerbada e ambiciosa decidiu não participar de um encontro com a cúpula tucana, que estava marcado para esta quarta-feira, 18, em Brasília, e tinha como objetivo fazer com que ele desistisse de ser candidato à Presidência, o que por si só já mostra sua incontrolabilidade como subordinado aos interesses do partido, tanto mais quanto aos interesses da burguesia. O tucano Dória está praticamente liquidado como candidato à terceira via pois até parlamentares que antes atuavam como aliados dele, como o líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF), e o secretário-geral da sigla, deputado Beto Pereira (MS), passaram a destacar a inviabilidade eleitoral do tucano.

O Identi-Dória perdeu a confiança dentro do tucanato pois além de liquidar qualquer possibilidade sobre Alckmin (que foi quem o apoiou para o cargo de governador), quando este ainda estava no PSDB, depois que saiu do cargo de governador de São Paulo o fascista Dória também perdeu o apoio de parlamentares do estado. O presidente nacional do partido, Bruno Araújo, disse a aliados que uma candidatura presidencial de Dória “mata” a tentativa de reeleição do governador paulista Rodrigo Garcia (PSDB). O argumento usado pela cúpula do PSDB é o de que Dória, além de não crescer nas pesquisas de intenção de voto, tem alto índice de rejeição.

O comando do PSDB anunciaria uma aliança com o MDB, que tem a senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata a presidente. Os dois partidos contrataram pesquisas qualitativa e quantitativa para definir uma candidatura única. Tanto o grupo de Doria quanto o de seu rival, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), avaliaram, porém, que as pesquisas foram feitas sob medida para fazer com que Tebet seja a candidata, sob o argumento de que ela é menos rejeitada.

Como vemos ainda não há acordo na terceira via sobre a disputa presidencial e o fato de o PSDB não lançar candidato demonstra uma grande crise do regime político, uma vez que o PSDB é o principal partido da burguesia. A tendência é que uma definição ocorra somente perto do período das convenções dos partidos, entre o fim de julho e o início de agosto.

Segundo o que já destacamos até aqui, será muito difícil a burguesia não embarcar na via B-olsonaro novamente.

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