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Farsa

3ª Via tenta mudar até a Wikipédia para pintar Tebet de santa

Assessoria de candidata foi bloqueada pelo sítio após tentar mudar perfil

Desde o princípio da corrida presidencial de 2022, o ponto central da campanha da burguesia contra a candidatura de Lula tem sido a articulação da chamada Terceira Via. Dentro disso, a principal dificuldade, motivo de tremenda confusão e incerteza, tem sido a de definir que nome concorreria ao cargo no Planalto.

Após muito rebuliço, ficou definido, por parte da burguesia, que Simone Tebet (MDB) seria a fiel representante da Terceira Via nas eleições deste ano. Atrás dela, ficaram nomes como João Dória, Eduardo Leite, Ciro Gomes, Moro e outros candidatos que compartilhavam do mesmo objetivo: frear a polarização política no País por meio da imposição de um novo golpe contra a candidatura de Lula para eleger uma figura mais ligada ao neoliberalismo.

Um dos motivos – pode-se especular – pelos quais Tebet teria sido escolhida, se dá pelo sangrento passado dos demais concorrentes. Principalmente no que diz respeito a Doria, é difícil esconder do povo, que já sofreu duras perdas nas mãos desse setor, a figura sanguinolenta por trás da fachada democrática.

Tebet, por outro lado, não apareceu muito à público para defender as suas atrocidades, não ficou tão conhecida quanto os citados anteriormente. Todavia, a emedebista não é santa e, assim como qualquer burguês, já cometeu muitos crimes contra o povo.

Agora, em uma tentativa de levantar Tebet nas pesquisas eleitorais, aproximando-a de um confronto direto com Lula e Bolsonaro, a Terceira Via precisa construir uma biografia fantasiosa da senadora para tentar pintá-la de democrática. Chegou ao ponto da equipe de Tebet tentar alterar o perfil da congressista na Wikipédia. Mudança que obteve sinal vermelho por parte da plataforma que bloqueou uma assessora de Tebet do site.

A alteração em questão está no verbete acerca do projeto de lei 494, de 2015, apresentado por Tebet. Segundo o sítio:

“Um dos principais projetos defendidos por Simone Tebet no Senado Federal trata da suspensão das demarcações de terras indígenas e pagamento de indenizações para fazendeiros. A proposta é objeto de críticas por parte de entidades em defesa de direitos humanos, que apontam supostos conflitos de interesses, apontando que a Senadora é proprietária de uma fazenda em Caarapó, Mato Grosso do Sul.”

Ao mesmo tempo, a alteração da assessora da senadora procurava pintar Tebet como uma exímia mediadora dos conflitos entre os indígenas e os fazendeiros da região, segundo o histórico de alterações de sua página na Wikipédia. Ela chega, até mesmo, a usar termos como “proprietários rurais de boa-fé”, sem contar em sua alteração flagrante do título do artigo de “Suspensão das demarcações de terras indígenas” para “Demarcações de terras indígenas”.

A desculpa da assessoria de Tebet para justificar as alterações citadas, segundo nota oficial, consistia na constatação de que as fontes utilizadas para compor as informações de sua página foram “fundamentadas em veículos de imprensa cujas matérias apresentam teor enviesado e negativamente tendencioso”.

No final, é impossível ocultar, independente de um documento virtual, que Tebet agiu e age contra o povo brasileiro. Finalmente, como representante do agronegócio, sua principal função é a de justamente garantir o controle da burguesia sobre a maior quantidade de terras possível. E, para isso, precisa, corriqueiramente, esmagar brutalmente populações que já residiam ali.

Vemos aqui ainda mais uma campanha em torno da figura de Tebet que busca aproximá-la do dito “centro democrático” do País – leia-se, a direita neoliberal. É a mesma farsa da propaganda, proveniente da imprensa burguesa, de que Tebet, por ser mulher, defenderia os direitos das mulheres em um eventual governo.

Tudo isso não passa de um grande teatro que procura angariar uma base para Tebet na classe média. Com isso, poderia-se, mais facilmente, aplicar ainda mais um golpe nas eleições e afirmar que Tebet estaria concorrendo ombro a ombro com Lula e Bolsonaro. Algo que, recentemente, ocorreu na Colômbia.

Entretanto, o fato é que Tebet, assim como qualquer figura da Terceira Via, é completamente impopular, principalmente com o tamanho da crise pela qual passa o Brasil. O povo, em geral, fica entre dois lados: ou reconhece Lula, ou reconhece Bolsonaro como sua liderança. Qualquer constatação que diga o contrário, principalmente num contexto de pesquisas eleitorais, serve para criar um clima político favorável à manobra desejada pela burguesia.

A notícia em questão mostra isso: a burguesia sabe que não é popular e, portanto, precisa recorrer aos mais diversos artifícios para manipular a opinião pública e, por meio de seu gigantesco aparato de imprensa, criar uma situação política que simplesmente não condiz com a realidade.

Inclusive, é algo similar ao que tentou Eduardo Leite ao “sair do armário” para criar uma simpaticidade entre sua candidatura e a classe média. Como resposta, foi carinhosamente taxado de “BolsoGay”, evidenciando que, no fundo, representa a mesma classe que Bolsonaro. Resta aguardar para que surja um fraterno apelido a Tebet que desmascare sua real motivação política por trás de seu discurso pseudodemocrático.

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