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Frente ampla

247 repercute reportagem sobre financiamento do NED a FHC

DCO publicou 3ª reportagem da série que desvenda a origem imperialista da frente ampla e dos grupos identitários no Brasil, com destaque para Boulos e o PSOL

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Brasil 247 – Reportagem do jornalista Eduardo Vasco, no Diário Causa Operária (DCO), revelou que a Fundação Fernando Henrique Cardoso recebe dinheiro da National Endowment for Democracy (NED), um fundo pertencente ao governo dos Estados Unidos (EUA) que financia ONGs, think tanks e movimentos pelo mundo para executar mudanças de regime.

A organização já foi acusada diversas vezes de ser uma fachada da CIA e, por isso, foi banida de países como a Rússia, enquanto a China acusa a entidade de trabalhar junto com a CIA para desestabilizar Hong Kong, e de ter fomentado os protestos de 2019 e 2020 naquela cidade. Da mesma forma, os governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, na Venezuela, também buscaram sancionar o NED e outras ONGs.

“É vastamente documentado o papel do NED nas ‘mudanças de regime’ no leste europeu, Oriente Médio e América Latina”, escreve o jornalista.

“Muito do que fazemos hoje era feito de modo encoberto pela CIA 25 anos atrás”, disse, em 1991, o cofundador do NED, Allen Weinstein. “Seria terrível para grupos democráticos em todo o mundo serem vistos como subsidiados pela CIA. Nós vimos isso na década de 1960, e por isso foi encerrado. Nós não temos a capacidade de fazer isso [financiar diretamente pela CIA], por isso o fundo [NED] foi criado.”

Fundação FHC e NED

Vasco informa que “em sua página na Internet, o NED expõe publicamente algumas informações sobre os seus gastos pelo mundo. No Brasil, o fundo despejou dinheiro em dez projetos diferentes no ano de 2020”.

“Um desses projetos é o ‘Fura Bolha’, da Fundação Fernando Henrique Cardoso. Esse projeto recebeu 77.300,00 dólares em 2020 do NED e já havia recebido 60.000,00 dólares em 2019”, informa.

“O ‘Fura Bolha’, segundo o NED, tem o foco em promover ‘ideias e valores democráticos’. Seu objetivo: ‘promover a cultura democrática e o valor do diálogo político no Brasil. A organização vai levar adiante uma série de discussões com personalidades públicas de alto nível no Brasil com diferentes visões. Os debates serão gravados e transmitidos em meios tradicionais, e compartilhados nas redes sociais. As conversas jogarão luz sobre soluções políticas para questões proeminentes de interesse público e contrastar diferentes ideias de uma maneira construtiva e civilizada’, destaca a reportagem.

O jornalista lembra também que FHC “foi peça-chave na articulação política e na ponte entre os Estados Unidos e o Brasil para assegurar o golpe de 2016” e “tem uma história antiga com o NED e os serviços de inteligência dos EUA”.

“Em 2004, ele teve o prazer de inaugurar, na embaixada do Canadá em Washington, o Seymour Martin Lipset Palestra sobre Democracia no Mundo, um fórum criado pelo NED para a discussão da ‘democracia e o progresso pelo mundo’”, informa Vasco.

Fundação Ford

Segundo o jornalista, a relação de FHC com esse tipo de organização é antiga. “Já na década de 1960, quando ainda era um intelectual de esquerda, estudioso do marxismo, Cardoso foi financiado pela Fundação Ford, que lhe concedeu R$145 mil para criar o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), relatou a jornalista francesa Brigitte Hersant Leoni no livro ‘Fernando Henrique Cardoso: o Brasil do possível’”. 

“Como foi revelado mais tarde pela escritora britânica Frances Stonor Saunders, em ‘Quem pagou a conta? A CIA na guerra fria da cultura’, a Fundação Ford sempre foi uma fachada pela qual a CIA bancava operações de maneira disfarçada”, argumenta.

A reportagem mostra que FHC até hoje é ligado à Fundação Ford. “Sua fundação é associada ao Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), que tem como apoiador institucional justamente a Fundação Ford, dentre outras 160 organizações associadas como a Open Society, Fundação Lemann, Fundação Roberto Marinho, SITAWI Finanças do Bem, TV Globo e uma série de bancos como Itaú, Santander e o J.P. Morgan”, reporta.

“O Conselho de Governança do GIFE é formado, por exemplo, por Adriana Barbosa (Feira Preta), Atila Roque (Fundação Ford), Gilberto Costa (JP Morgan), Mônica Pinto (Fundação Roberto Marinho) e Virgílio Viana (Fundação Amazonas Sustentável)”, aponta.

Vasco conclui que “FHC, portanto, é financiado pela CIA há mais de 50 anos. Primeiro, através da Fundação Ford; agora, através do NED”. “O NED também tem, desde 2012, uma parceria com a Fundação Fernando Henrique Cardoso para a publicação em língua portuguesa do Journal of Democracy, órgão oficial do NED fundado em 1990 e para o qual o ex-presidente já contribuiu”, lembra.

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