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Crise

22% precisam se decidir entre comer ou pagar a luz

Cerca de um quarto da população precisa adiar pagamento de contas de luz e outras despesas para conseguir comprar comida

contas

A crise hídrica que assola o Brasil está fazendo com que a população pobre tenha de escolher entre pagar a conta de luz ou gastar com alimentação. De acordo com pesquisa realizada pelo Ipec para o ICS (Instituto Clima e Sociedade), o aumento da energia afetou, em média, metade do orçamento de um quarto da população de baixa renda (que recebe até cinco salários mínimos, R$ 6.060).

O gasto com energia tomou ao menos 25% dos vencimentos de metade da população. O levantamento foi feito entre os dias 11 e 17 de novembro de 2022, entrevistando 2.002 pessoas com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país. Cerca de quatro entre dez brasileiros tiveram de reduzir suas despesas, deixando de comprar roupas, sapatos e eletrodomésticos, para conseguir pagar a conta de luz. Os de baixa renda são os mais afetados.

Na região Nordeste e Centro-Oeste, por exemplo, uma em cada quatro pessoas (28% e 27%, respectivamente) adiaram o pagamento da conta de luz para conseguir comprar comida. O ano de 2021 entrou para a história como o mais seco nos últimos 91 anos, o que acarretou numa enorme redução do volume de água nas hidrelétricas. O aumento generalizado da conta de luz se deve a essa crise hídrica. Considerando também o problema da inflação, o aumento dos preços nos mercados, a população mais pobre está enfrentando sérias dificuldades.

Ao mesmo tempo que a conta de luz aumenta, o preço do alimento também aumenta e a população se vê obrigada a escolher entre garantir a comida no prato ou pagar as contas da casa.

A catadora Valquíria Cândido da Silva, de 47 anos, uma das entrevistadas, conta que deixou de pagar a conta de luz para comprar os alimentos do mês: “Não tive escolha. A conta não para de subir e está tão alta que tive de adiar o pagamento para poder ter o que comer em casa”. Antes da pandemia, a conta de luz não chegava a R$ 60 e no último mês alcançou R$ 370, enquanto a conta de água saltou de R$ 30 para R$ 200, nesse mesmo período.

O aumento da crise está alcançando níveis cada vez mais absurdos, deixando a população numa verdadeira miséria. A conta de luz por si só já é uma barbaridade, com preços abusivos e impossíveis de serem pagos. Isso tudo é fruto da privatização criminosa das empresas de energia elétrica. A situação é aprofundada ainda pelo cenário econômico, pela falta de emprego. As famílias mais pobres não possuem renda suficiente para suas despesas mínimas e só conseguem pagar uma parte de suas contas e muitas vezes não conseguem arcar com os gastos de alimentação.

Diante desse cenário caótico, é necessário colocar em debate um programa de reivindicações para os trabalhadores para solucionar a crise. Só a mobilização popular, com uma campanha pelo “fora Bolsonaro” e por Lula presidente vai nos permitir enfrentar essa crise. Quem deve pagar a conta da crise são os capitalistas e não a população.

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