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Essa é a esquerda nacional

Tigrões com estátuas, tchuchucas com os EUA

Esquerda identitária é um boneco de ventríloquo do imperialismo

Poderíamos chamar a esquerda brasileira de covarde, mas isso não seria novidade e nem mesmo a caracterização exata para a política sobre a qual estamos tratando neste artigo.

O maior correto é esquerda lacaia do imperialismo. E o Afeganistão deixou isso muito claro.

A esquerda brasileira chorou a derrota do imperialismo junto com Joe Biden e toda a imprensa de propaganda internacional. Rasgou qualquer ideologia progressista e anti-imperialista em nome do moralismo barato: não apoiou a revolução do povo afegão porque os líderes da revolução, o Talibã, têm uma ideologia reacionária.

É uma esquerda que analisa o mundo a partir do que os outros pensam, a partir de abstrações. Como o Talibã tem uma ideologia reacionária, não merece ser apoiado, mesmo que tenha libertado o povo afegão do agente mais reacionário da humanidade, o imperialismo.

Uma verdadeira lacaia do imperialismo. Essa é a esquerda brasileira. Ou, como diria o deputado Zeca Dirceu (PT), uma “tchutchuca” do imperialismo.

Mas, para esconder esse tipo de posição vexaminosa, a esquerda gosta de se fingir de combativa. Como ela não luta contra inimigos muito reais e atuais, como o imperialismo, ou mesmo contra o governo Bolsonaro, ela precisa inventar inimigos que são, portanto, muito mais fáceis de se combater.

Trata-se dos moinhos de vento que são as tão opressoras estátuas! Sim, as estátuas dos bandeirantes, dos colonizadores ou mesmo dos religiosos de 500 anos atrás! Essas são as grandes inimigas da esquerda brasileira, e não o imperialismo.

Assim a esquerda tenta se pintar de radical para os incautos. E qual seria a grande opressão dos bandeirantes, colonizadores e religiosos? Eles e suas estátuas simbolizariam a opressão dos negros e índios de 500 anos atrás.

Mas a colonização, naquela época de crescimento do capitalista, foi uma das principais políticas da burguesia para internacionalizar o comércio e desenvolver, por meio da economia, toda a sociedade mundial. Foi uma época em que o capitalismo ainda era um sistema progressista, que derrubou o feudalismo e outras formas de sociedades atrasadas. Sem passar por essa etapa, jamais a humanidade poderia pensar em ultrapassar o próprio capitalismo e construir a última forma de desenvolvimento das forças produtivas, ou seja, da sociedade: o socialismo.

Para um país oprimido, como o Brasil, as estátuas que a esquerda brasileira quer derrubar têm um significado ainda mais importante: o da construção de uma nação. De uma nação de negros, brancos e índios, única no mundo. Um país de proporções continentais. Um país que, mesmo permanecendo atrasado do ponto de vista capitalista, por toda a sua história e formação social e econômica é um empecilho natural para a completa dominação imperialista atual.

Por isso interessa ao imperialismo a destruição de sua história e de sua cultura. E é aí onde entra a esquerda brasileira, poluída completamente da ideologia identitária, que é uma ideologia inteiramente forjada pelo imperialismo para desviar a luta pelos verdadeiros interesses dos oprimidos.

A esquerda brasileira, identitária, lambe-botas do imperialismo, segue os interesses da dominação imperialista ao atacar a cultura de um país oprimido pelo imperialismo como é o Brasil.

É muito fácil ser “tigrão” (novamente, pegando a referência de Zeca Dirceu) com uma estátua. Ainda mais se se tem a proteção do imperialismo, de seus políticos e sua imprensa, que inclusive incentivam a destruição do patrimônio histórico nacional.

E essa esquerda ainda tenta se passar por combativa e “antissistema”!

Difícil é ser verdadeiramente combativo e antissistema, revolucionário, comunista e marxista. Porque aí não tem nenhum papai, nenhum patrão, nenhum mentor ou mecenas a quem pedir cobertura. Não tem mais João Doria, FHC, Biden, Kamala Harris, George Soros. Não tem mais o imperialismo para protegê-la.

É, contudo, uma política coerente da esquerda. Já que, tanto derrubar estátuas no Brasil, como condenar o Talibã, é uma posição que atende perfeitamente aos interesses imperialistas.

A esquerda condena o capitalismo progressista de séculos atrás. Quando, hoje, é algo totalmente reacionário, na época do imperialismo, a esquerda o aplaude. Tudo isso baseada em questões morais, não materiais. Vive em uma realidade paralela.

É preciso fazer política a partir da realidade concreta, não do mundo ideal de conto de fadas.

Nesse sentido, a esquerda brasileira, identitária e fantoche do imperialismo, adota uma política abertamente reacionária. Apoia o imperialismo contra o Brasil, o retrocesso contra o Brasil, ignorando que a construção de uma nação independente é o primeiro passo para a emancipação de seus cidadãos. E, mais do que ignorar, combate a tentativa do povo afegão de construir uma nação independente a partir da derrota do imperialismo.

Os afegãos, vestidos de sandálias e mantas, criadores de cabras, não têm o direito de se livrar do opressor imperialista, segundo a esquerda brasileira. O que ela diz sobre a opressão dos índios pelos colonizadores portugueses no Brasil de 500 anos atrás não vale para os afegãos oprimidos pelos soldados norte-americanos dos dias de hoje.

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