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Uma calúnia para se esconder

Quem na esquerda defende a repressão ao movimento popular?

A esquerda pequeno-burquesa, que apoia as características e as instituições do regime político, atua para fortalecê-lo em sua luta contra o povo

A ação identitária que resultou na queima da estátua do bandeirante Manuel de Borba Gato, localizada no bairro de Santo Amaro em São Paulo, em 24 de julho, deixou mais nítidas as contradições que vive a esquerda pequeno-burguesa, bem como sua ligação ideológica com o imperialismo, além de expor o ridículo da política identitária.

O identitarismo é uma política ilusória, bem ao gosto da classe dominante. Enquanto, os negros são oprimidos pelo Estado brasileiro hoje, perseguidos pela polícia e pelo Judiciário, enquanto permanecem nos guetos, tratados como uma casta pelo Estado, isto é, pela direita e pela extrema-direita que controlam o regime político brasileiro, os identitários desviam a luta dos oprimidos contra o regime político, suas instituições opressoras e a classe social que o edificou e o domina, para a luta contra símbolos que consideram ser a raiz da opressão, no caso citado, uma obra de arte, representação de um personagem histórico que viveu séculos atrás.

Sendo uma política fomentada pelo imperialismo para desviar as tendências revolucionárias presentes na situação mundial, sua crítica é fundamental para limpar o terreno para edificar em terra firme uma política que realmente esteja a serviço dos oprimidos. Assim o Partido da Causa Operária e este sítio criticaram duramente a política identitária, que é uma infiltração imperialista dentro da esquerda. Setores da esquerda pequeno-burguesa, no entanto, em guerra contra a política revolucionária, fizeram da crítica mais um cavalo-de-batalha contra o PCO. Mas não se tratou de estabelecer uma polêmica, mas de difundir uma calúnia.

Cinicamente, setores que apoiaram a participação do PSDB, partido repressor e inimigo dos negros e dos trabalhadores, nos atos da esquerda por fora Bolsonaro, que condenaram veementemente, junto com a imprensa capitalista, a revolta da juventude que se expressou na depredação de algumas vidraças e pontos de ônibus, durantes os atos da campanha Fora Bolsonaro em julho do presente ano em São Paulo, que condenaram a ação do PCO que resultou na expulsão do PSDB do ato fora Bolsonaro etc., afirmaram que o PCO é a favor da repressão estatal contra movimentos sociais, alegando não ter defendido Paulo Galo, aparentemente um dos envolvidos na ação identitária contra a estátua de Borba Gato.

Para exemplificar, vejamos a posição do presidente do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), representativo deste setor da esquerda pequeno-burguesa. Em seu twitter, Juliano Medeiros disse que:

“O PCO, partido pouco relevante que tenta aparecer através de posições bizarras, conseguiu o feito de – na mesma semana que defendeu o voto impresso – ignorar a prisão de Paulo Galo e denunciar a prisão de Roberto Jeferson.”

Uma calúnia baixa e primária, uma pesquisa na imprensa do Partido da Causa Operária faz cair por terra a calúnia, o presidente nacional do partido Rui Costa Pimenta denunciou em mais de uma oportunidade publicamente o caráter políticos da prisão de Paulo Galo, não havendo nenhum motivo jurídico para tal ato de arbitrariedade da justiça de São Paulo, pode ser conferido tal posicionamento nas Análises Políticas da Semana de 31/07/2021 e de 07/08/2021, além de diversos programas de análise política que o companheiro Rui Costa Pimenta participa na imprensa democrática na internet, como nos canais do Youtube: Diário do Centro do Mundo e Brasil 247. Também na Causa Operária TV pode ser visto o posicionamento do Partido contrário à prisão, como no programa Resumo do Dia de 28/07/2021, dia que Galo foi preso. Sob a base desta calúnia, levanta-se ainda outra, de que o Partido da Causa Operária defende a repressão contra o movimento popular.

Um completo absurdo, o PCO é sem sombra de dúvidas, não apenas por mérito seu, mas principalmente por demérito dos outros, o partido que mais defende os direitos democráticos do povo, o que mais denuncia a repressão e o arbítrio do regime político. Já os caluniadores do PSOL e seus satélites, estão sempre na contramão dos direitos democráticos do povo e não raras vezes no mesmo campo da direita tradicional e da institucionalidade, ou seja, dos repressores do povo.

O PSOL de conjunto, com mais ou menos ímpeto, a depender da corrente interna que se considere, apoiou o golpe de Estado contra a presidente Dilma Rousseff, a esdrúxula e criminosa operação Lava-Jato, um abandono total de qualquer princípio democrático. Esse histórico pode ser visto em linhas gerais aqui.

Os que insinuam que o PCO defende a repressão contra os movimentos sociais, são eles mesmo os defensores da perseguição política, quando apoiam abertamente a cassação do direito à liberdade de expressão, apoiando o judiciário repressor e golpista a perseguir um indivíduo, ainda que um desclassificado e um escroque, por emitir uma opinião considerada imprópria pelos censores do STF. Aqui sim, e a posição do presidente do PSOL citada acima corrobora completamente, o PSOL se coloca a favor da repressão de todo o povo, pois se cassam o direito de um, o direito deixa de existir.

No mesmo comentário, curiosamente, Medeiros considera que defender o voto impresso é uma questão absurda, assim como o STF, a Globo e toda a imprensa capitalista. No entanto, não passa pela sua cabeça que se trata tão e somente de uma direito democrático, há uma polêmica bizantina se as urnas controladas pela às instituições estatais, pelo regime político, pela direita, são ou não invioláveis, o certo, porém é que são completamente impenetráveis a fiscalização popular, princípio básico de uma eleição democrática.

A eleição democrática do PSOL, assim como para o PSDB e toda a direita tradicional, é aquela que os altos funcionários do Estado dão o resultado e a imprensa capitalista difunde e pronto, temos, segundo eles, que aceitar completamente, posto que a urna é inviolável. O princípio democrático de fiscalização popular, que pode ter alguma participação com o voto impresso na medida que se acompanha a conferência dos bilhetes por amostragem, por exemplo, em comparação com os resultados da urna, que é também um dispositivo a mais de averiguação, fica eliminado com a “inviolabilidade” da urna.

A esquerda que está completamente a reboque da direita tradicional, que limita seu horizonte ideológicos e de ação ao regime político da direita, embora possam repetir palavras aparentemente radicais, fortalecem o regime político existente, responsável pela repressão aos movimentos sociais e ao povo, nesse sentido se alguém defende, ainda que involuntariamente a repressão ao povo é essa esquerda que o PSOL é o principal representante. O PCO, ao contrário, atua para enfraquecer o Estado e as instituições e consequentemente a repressão.

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