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Quem com tucanos anda, ...

PCdoB se reúne na sede do PSDB para sabotarem o dia 24/07

PCdoB e sua central sindical, CTB, fazem papelão ao reunirem-se com a direita em sede do PSDB em SP.

Na última segunda-feira (12), dirigentes de PSDB, PCdoB, PDT, PSB, Cidadania, Força Sindical, UGT, CTB e CSB reuniram-se no diretório municipal do PSDB, em São Paulo, para discutir como infiltrar a direita, especialmente o PSDB, nos atos.

A primeira tentativa foi em 3 julho, quando tais partidos convidaram a direita para participar dos atos. A operação foi um fracasso: os ditos “militantes” da direita foram removidos da manifestação por militantes da esquerda, de vermelho. O fato gerou grande repercussão.

As redes sociais brasileiras dividiram-se em dois grupos. O primeiro, mais numeroso e composto por militantes comuns da esquerda, saudaram a bravura dos que colocaram a direita para fora do ato. O segundo, composto pela burguesia e por elementos das burocracias partidárias e sindicais, pedia “diálogo”. Mas que diálogo pode haver com o PSDB? Com o PSDB do golpe de 2016? Com o PSDB das privatizações? Com o PSDB que apoiou Bolsonaro em 2018? Com o PSDB que controla a PM de São Paulo, a que mais mata pobres no Brasil?

Que o PSDB é um partido que não vale um tostão furado, todo mundo sabe e não é necessário expor aqui um tratado sobre assunto. Porém, os menos atentos acharão que os tucanos estão sendo apoiados por grandes nomes da esquerda. Isso é falso.

O PDT recentemente cometeu diversas traições ao povo brasileiro. Basta ver o caso do marco legal da água no Brasil, onde a bancada pedetista votou a favor da privatização da água em um dos países com a maior bacia hidrográfica do planeta. Cabe lembrar também o papel bizarro de outros pedetistas, como Tabata Amaral, que votou a favor da reforma da Previdência. O partido do falecido Leonel Brizola tornou-se uma caricatura bizarra. Um partido de aluguel, que serve de “manto esquerdista” para funcionários da burguesia como Ciro Gomes e Tabata Amaral.

O PSB e o Cidadania são partidos golpistas por excelência. Ambos apoiaram o golpe de 2016, assim como o PSDB. Em São Paulo, tanto PSB quanto Cidadania são sublegendas dos tucanos, utilizados estrategicamente para tirar votos da esquerda ou ganhar eleições onde a população abertamente rejeita o PSDB.

Sobre as tais centrais sindicais que participaram da reunião, é necessário frisar que, em sua maioria, são apenas organizações pelegas feitas para enganar os trabalhadores. Força Sindical e UGT, por exemplo, são os elementos mais pelegos do sindicalismo brasileiro. Além de apoiadoras do golpe de 2016, Força Sindical e UGT sempre tiveram como trabalho desmobilizar as pessoas. Durante o governo Temer, Paulinho da Força e Ricardo Patah, dirigentes máximo de Força Sindical e UGT respectivamente, abertamente sabotaram uma greve geral pelo “Fora Temer” que estava agendada para 30 de junho de 2017. O trabalho deles, desta vez, é desmobilizar, mais uma vez, os trabalhadores.

Sobre a CSB não é muito difícil ver sua real caracterização. Inicialmente, é uma central do “verde-e-amarelo”. Dentre seus sindicatos afiliados, destacam-se, principalmente, os sindicatos de policiais rodoviários e policiais civis, categorias bastante ligadas à direita.

O que se vê aqui é claramente uma reunião da direita. E pior, a ala mais golpista da direita.

A única dúvida que resta é: o que o PCdoB e a CTB estavam fazendo lá?!

A resposta é simples: estavam fazendo a falida e odiada política da frente ampla.

Os “frente-amplistas” foram derrotados em todas as suas tentativas de se imporem em organizações como a Frente Brasil Popular. Entretanto, isso não impediu que utilizassem outras estratégias.

A primeira, bastante manjada, é substituir o vermelho da esquerda pelo “verde-e-amarelo”. Até mesmo a mudança do nome do Partido para Movimento 65 (com verde-e-amarelo) foi fracassada e o partido mantém o comunista no nome e a cor vermelha. Mas não por vontade dos seus dirigentes, mas pela pressão de sua base.

Até mesmo no ato de 3 de julho, o que se viu foi a base do PCdoB de vermelho e não de verde-e-amarelo, como desejava a sua direção pelega.

Não conseguindo colocar o verde-e-amarelo no movimento desde o ano passado e nem conseguindo a aceitação do restante da esquerda (especialmente PT) pela frente ampla, a direção do PCdoB resolveu partir para uma abordagem mais direta. Assim, chamou, através do controle de suas organizações, a direita para os atos. Durante o ato de 3 de julho, era possível ver bandeiras da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Juventude Pátria Livre (JPL) no meio do bloco tucano.

A intenção de aliança com a direita ficou muito clara na última reunião da Frente Brasil Popular. PCdoB, UNE, Consulta Popular e CTB tentaram impor goela abaixo do restante das organizações a participação do PSDB e da direita nos atos. Entretanto, ficou claro que as parcelas mais conscientes do movimento não se dobraram a tal.

A infiltração da direita no movimento tem o claro objetivo de destruir os atos. Mas isso não se dá simplesmente por não quererem o impeachment de Jair Bolsonaro. Pelo contrário, é crível que o PCdoB queira o impeachment do presidente ilegítimo. Entretanto, o ponto aqui não é Bolsonaro, mas seu extremo oposto, Lula.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cresce a cada manifestação apesar da falta de confiança nas pesquisas encomendadas pela burguesia. E isso é bom para a esquerda. Porém é terrível para a ala frente-amplista da esquerda.

Para que a frente ampla vingue não é possível que exista mobilização alguma, seja de direita quanto de esquerda. A frente ampla é, na realidade, a manutenção de um estado catatônico. Povo na rua é seu oposto, indica mudanças no regime. Mais que isso, na situação atual, uma esquerda paralisada, sem ir às ruas, significa um enfraquecimento de Lula e a possibilidade de um novo golpe.

Bolsonaro pode ser derrubado se assim for vontade da direita. Entretanto, a direita e os frenteamplistas da esquerda não sabem o que fazer com Lula enquanto o povo estiver na rua e a luta aquecida como nunca nestes últimos 10 anos. Por isso, a burocracia do PCdoB tenta apodrecer o movimento através de sua desmoralização completa.

De Partido que se dizia contra o golpe, agora, reúnem-se em um verdadeiro chiqueiro com os porcos direitistas. Quem com porcos anda, vive na lama.

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