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A "santa" urna eletrônica

Para se contrapor a Bolsonaro, esquerda faz frente única com EUA

Defesa da urna eletrônica: mais uma política pró-imperialista da esquerda nacional

Segundo anunciou a imprensa burguesa, em encontro realizado no último dia 5 de agosto entre Bolsonaro e o conselheiro de segurança dos Estados Unidos, Jake Sullivan, enviado de Joe Biden ao Brasil, o governo norte-americano teria dado um recado direto ao presidente brasileiro para que não prejudique as eleições de 2022.

A mensagem está relacionada com a insistência de Bolsonaro em defender o voto impresso e auditável. Existe o temor dos setores mais poderosos da burguesia de que o presidente fascista acabe aprofundando uma crise no regime político com as denúncias de possível fraude na eleição.

Bolsonaro, beneficiado pela fraude e o apoio da burguesia em 2018, sabe melhor que ninguém que as urnas eletrônicas não apenas não são confiáveis como que está sendo preparada uma fraude para beneficiar um candidato da terceira via, apoiado pelas alas mais poderosas da burguesia e o imperialismo. Daí a preocupação do governo norte-americano em transmitir o recado para que Bolsonaro não mexa com as urnas eletrônicas.

Será preciso saber qual o nível de obediência de Bolsonaro, um dos maiores capachos dos norte-americanos que já passaram pelo Palácio do Planalto, mas uma coisa é certa: os norte-americanos estão fazendo aquilo que estão acostumados a fazer ─ intervir na eleição brasileira.

O fato deveria servir para abrir os olhos da esquerda pequeno-burguesa que, a pretexto de se colocar contra Bolsonaro, está defendendo cegamente a urna eletrônica, como se fosse a coisa mais ilibada e santificada do mundo. Assim, essa esquerda se alia aos interesses do imperialismo que prepara mais uma intervenção golpista nas eleições brasileiras.

O cinismo do governo norte-americano é tão grande que lá eles contam com apenas seis estados com sistema totalmente eletrônico, os outros 44 estados contam com votação em papel ou sistemas mistos.

Por que, então, o governo Biden quer exigir do Brasil que não conteste a urna eletrônica? A resposta é simples: o imperialismo quer ter todas as condições para interferir nas eleições brasileiras.

Bolsonaro, que, como já dissemos, sabe que corre o risco de ser fraudado, está denunciando o problema. Não há nenhum princípio democrático na extrema-direita bolsonarista, mas justamente por fazer parte de um setor da burguesia que sabe que pode ser prejudicado, Bolsonaro levanta uma reivindicação democrática porque isso condiz com seu interesse como um setor minoritário da burguesia.

Já a esquerda pequeno-burguesa, que vive no mundo da fantasia e acredita em tudo o que a imprensa golpista fala, está de mãos dadas com o governo Biden, que prepara a fraude em primeiro lugar contra a própria esquerda.

O pior de tudo é que o imperialismo está intervindo nas eleições brasileiras com o apoio da esquerda. Uma vergonha para a esquerda nacional. Fazer frente única com os que deram o golpe no Brasil e são os responsáveis pela miséria nos países atrasados no mundo.

As ilusões nas eleições estão levando a esquerda a uma posição cada vez mais conservadora e a ficar a reboque dos setores mais poderosos do imperialismo.

A esquerda trocou uma política própria, de defesa de um programa verdadeiramente democrático para as eleições que passa pelo controle popular da eleições, o fim do TSE, liberdade total e irrestrita de organização partidária, igualdade de condições entre os partidos, em suma, que a eleição seja de fato auditável por qualquer cidadão, por uma suposta oposição a Bolsonaro. Com essa política desastrosa e irracional, não apenas se alia com o imperialismo norte-americano e a direita nacional como dá de presente para a extrema-direita bolsonarista uma pauta democrática.

Eis o surrealismo da política nacional. A esquerda, que deveria ser a vanguarda da luta democrática do País, se coloca em aliança com o imperialismo antidemocrático e inimigo do povo. A extrema-direita, por seus interesses imediatos, aparece como defensora de um direito democrático.

É preciso que a esquerda revolucionária coloque claramente uma política de defesa do povo e dos direitos democráticos e denuncie a fraude que está sendo preparada pela direita golpista tradicional e “civilizada”, aliada do imperialismo.

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