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Esquerda desorientada

Os delírios psiquiátricos de Jones Manoel

Em estado de surto psicótico, o candidato do PCB ao governo de Pernambuco faz declarações estapafúrdias e delirantes sobre o ex-presidente Lula

Jones

O pré-candidato do Partido Comunista Brasileiro (PCB) ao governo de Pernambuco, Jones Manoel, historiador e youtuber, foi sabatinado no dia 9 de junho, quinta-feira, por jornalistas do portal UOL e do jornal Folha de São Paulo.

Entre as muitas sandices ditas pelo professor aos sabatinadores, uma se destacou pelo alto grau não somente de arrogância intelectual, mas revelou também que um setor da esquerda nacional (a maioria, a bem da verdade) não compreende o caráter, a importância e o significado da candidatura do ex-presidente Lula ao pleito eleitoral de outubro próximo.

O stalinista nordestino – durante a sabatina – afirmou que “o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é de esquerda, mas o ‘centro democrático’ (grifo nosso) do País”. Mais adiante disse também que “não existe uma polarização no sentido ideológico entre o presidente e o ex-presidente, mas destacou que o petista não é um fascista”.

A primeira consideração a ser feita, logo de início, é que Jones Manoel é raso em sua vã tentativa de criticar o caráter político e ideológico da candidatura ostentada pela maior liderança operária e popular do País, o ex-presidente Lula, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto, com chances reais de vencer o pleito eleitoral ainda no primeiro turno. Na verdade, sendo mais concreto, expondo a verdade de forma nua e crua, Jones Manoel opina sobre o que não sabe, ou no mínimo, tem pouco domínio sobre a matéria que se arvora em emitir uma opinião, um ponto de vista.

Afirmar que a candidatura de Lula representa o “centro democrático” é uma sandice somente comparável às piadas mais risíveis de um anedotário. Se Lula não é o candidato que representa a esquerda, mas o “centro democrático”, como afirma o sabatinado, quem seria então a candidatura representante da esquerda? Será que Jones Manoel – ainda que meio envergonhado, supomos – está querendo dizer que a esquerda (autêntica e de luta) está representada pela pré-candidata do PCB à presidência, a professora Sofia Manzano? Seria então a senhora Manzano a expressão maior da esquerda nacional nas eleições? Para ficar no terreno das palavras publicáveis, diríamos que isso nos parece, além de risível, também ridículo e patético, camarada Jones Manoel.

Afirmamos, nós do PCO – apoiadores de primeira hora de Lula – muito diferente do que pensa e supõe o candidato da “esquerda” stalinista e pequeno-burguesa ao executivo de Pernambuco, que Lula é, sim, o principal (e talvez o único) candidato representante da esquerda nas eleições, ainda que possamos ter todas as restrições, assim como fazer as mais severas e contundentes críticas ao seu programa de governo (que, oficialmente, ainda nem foi tornado público) e também às alianças que vem costurando, algumas delas (e isso não deixamos de criticar) com os inimigos históricos dos trabalhadores e da população explorada. Portanto, senhor Jones Manoel, mesmo com todas as enormes limitações programáticas e a aproximação com elementos nada confiáveis da política burguesa e golpista, a candidatura do ex-presidente é a expressão de uma política que carrega consigo um potencial de mobilização e luta que nenhuma outra candidatura da esquerda nacional sequer se aproxima de ter, e menos ainda – muito longe disso – o nome que o PCB apresenta ao pleito eleitoral de outubro, vale dizer, uma candidatura que não expressa nenhum setor ou segmento de luta, que possa contribuir para um amplo e decidido movimento que aponte para a derrota da extrema direita nacional, golpista, reacionária e pró-imperialista.

Vale destacar ainda – lembrando o que consta dos manuais mais simplórios e elementares do bê-á-bá da política – que a atual conjuntura político-eleitoral do País está sim marcada pela polarização (Bolsonaro e Lula), com o derretimento do centro político-democrático, representado pelos partidos tradicionais da burguesia liberal (MDB, DEM, PSDB e legendas menores que não vão além de sublegendas satélites dos cachorros grandes), já há muito desmoralizados e repudiados pelas massas em função dos sucessivos anos de ataques às suas condições de vida. Sustentar a ideia – absurda, estapafúrdia e sem qualquer fundamento na realidade – de que “não há uma polarização no sentido ideológico” entre Lula e Bolsonaro é tentar igualar água com vinho, a tentativa (inútil) de encontrar a quadratura do círculo. A afirmação de Jones Manoel, nesse sentido, já não é um caso que possa ser esclarecido no terreno do debate político, mas trata-se de um caso situado na esfera da patologia clínica, um caso de hospitalização em uma unidade psiquiátrica.

Essa afirmação pode ser comprovada pelas raquíticas e medíocres intenções de votos que esses partidos e suas candidaturas ostentam nessas eleições, a maioria deles com percentuais que não vão além da margem de erro (1%, 2% e 3%), ou seja, não têm adesão popular. Este sim é o “centro democrático” ao qual o senhor Jones Manoel se refere e não o ex-presidente Lula, como quer nos fazer crer o candidato ao governo de Pernambuco pelo PCB. É preciso lembrar que, mesmo que esse tipo de candidatura não tenha muitos votos, ainda assim subtrai da esquerda, além de enfraquecer o movimento como um todo, o que só pode beneficiar a direita.

A mais estranha das declarações, no entanto, está na mesma frase onde o youtuber já afirmara que não há uma polarização no sentido ideológico entre o atual presidente e o ex-presidente. Jones Manoel declarou que embora não haja essa polarização, Lula “não é um fascista”. Como assim, camarada Jones? Qual o sentido real dessa afirmação? Por acaso houve ou há alguma situação em que supostamente a personalidade política mais conhecida, importante e popular do País tenha agido ou mesmo insinuado alguma conduta, atitude ou postura que pudesse ser identificada com algum traço de fascismo?

A suspeita, por si só, nos autoriza a reafirmar o que já havíamos dito em parágrafo anterior: O candidato ao governo pernambucano precisa procurar – com a devida urgência – uma clínica psiquiátrica para dar início a um tratamento. Desejamos uma pronta recuperação ao paciente

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