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"Todo o poder às lives"

O “fique em casa” dos ditos trotskistas no 1º de Maio

Demonstrando o caráter pequeno-burguês e reformista de sua política, as organizações ditas "trotskistas" abandonam os trabalhadores no 1º de maio

Em artigo publicado no seu portal oficial, a corrente petista O Trabalho, que se declara seguidora da doutrina do revolucionário Leon Trótski, mostrou-se crítica do ato de Primeiro de Maio organizado pelas chamadas centrais sindicais. Corretamente, O Trabalho caracteriza os convidados para o ato como inimigos da classe trabalhadora — João Doria, Rodrigo Maia, Fernando Henrique Cardoso etc. Contudo, a “crítica” não passa disso — isto é, de que o ato não deveria contar com essas figuras execráveis.

No entanto, qual a proposta de O Trabalho? Ora, basta retirar a direita do “ato” virtual! Que “solução” revolucionária! O fato de que o evento será feito pala internet, com os chefes das maiores organizações dos trabalhadores do País em seus quartos, de pijama, passa completamente despercebido. O que nos força à seguinte conclusão: O Trabalho é a favor da patifaria total que são os “atos virtuais”.

Trata-se de uma “meia-crítica”, que supostamente serviria para O Trabalho se apresentar como uma corrente à esquerda da direção da CUT, mas que na verdade serve apenas para encobrir a podridão que é a política do “fique em casa” por parte dos dirigentes. A crítica a apenas um aspecto da política direitista das centrais sindicais é, portanto, um mero aceno demagógico: o grupo “trotskista” chuta os “cachorros mortos” do PSDB, odiados pelo povo, mas se cala diante de um grande crime contemporâneo, que é a paralisia da esquerda diante da crise sanitária.

A aliança com golpistas deve ser, sim, duramente criticada. É uma política de boa convivência com os arquitetos do golpe de Estado de 2016, da prisão de Lula, da eleição fraudulenta de Bolsonaro e, finalmente, de toda a política que está levando o povo brasileiro à morte e à fome. O fascista Jair Bolsonaro é um genocida e o maior responsável pelo desastre da pandemia, estimulando, inclusive, uma ideologia esquisita que visava a negar a existência ou, pelo menos, a seriedade do coronavírus. Mas a força que está levando Bolsonaro a essa política genocida vem dos bancos, que estão literalmente matando os trabalhadores para salvarem os seus negócios. E os representantes dos bancos são justamente Fernando Henrique Cardoso, Ciro Gomes, Rodrigo Maia e os demais vigaristas convidados pela centrais sindicais.

O que O Trabalho ignora completamente é que, uma vez que a crise sanitária é produto de interesses econômicos muito concretos, a pandemia não será combatida por meio de lives, mas sim pela mobilização das massas. E a prova de que os “atos” virtuais não têm impacto algum é que até mesmo a direita se sentiu confortável em participar do ato. Fernando Henrique Cardoso e seus comparsas só aceitaram participar do “ato” porque, caso fosse uma manifestação verdadeira, seriam escorraçados de lá pelos trabalhadores.

E O Trabalho não faz crítica alguma aos “atos virtuais” porque, finalmente, concorda com esse método. “Tudo bem trocar as ruas pelo sofá no Dia dos Trabalhadores, contanto que não estejam presentes os golpistas”, pensam os lambertistas. O Trabalho acompanha, assim, toda a esquerda pequeno-burguesa histérica que diz que não se pode fazer mobilização popular porque isso espalharia o vírus, como se as 400 mil mortes no País tivessem ocorrido por causa de manifestações. Ou, pior ainda, como se entre as 400 mil mortes e outras 400 mil mortes no futuro estivesse um grande muro de contenção formado por lives! No fim das contas, é a mesma posição oportunista do conjunto da esquerda: O Trabalho tem como orientação não a mobilização das massas contra a burguesia, mas sim o suposto manuseio das instituições burguesas. Mas como os cinco anos de golpe de Estado demonstraram, as instituições não estão a serviço da esquerda — trata-se do exato oposto, a esquerda parlamentar, que se ilude com o STF e o Congresso, é manipulada de todas as formas pelas instituições golpistas.

A postura de crença nas instituições é, ainda, uma postura incrivelmente covarde. Enquanto o povo está nas ruas todos os dias, morrendo de coronavírus porque é obrigado a trabalhar, a esquerda “fique em casa” não quer lutar, quer que o STF “lute” por ela. Não só é uma política inócua, como um verdadeiro abandono dos trabalhadores. E um abandono, para ficar pior, no dia internacional de luta da classe operária.

A direita se prepara para sequestrar duplamente o Dia dos Trabalhadores — infiltrando-se na live das centrais sindicais e organizando um ato na Avenida Paulista. É preciso dizer com todas as letras que isso só acontecerá porque a esquerda não quer atuar como a defensora dos interesses do povo, mas sim ser um apêndice de seus inimigos. Tudo se torna ainda mais ridículo quando levado em conta que o Partido da Causa Operária, os Comitês de Luta e outras organizações estão convocando um ato de 1º de maio classista, presencial, que O Trabalho ignora completamente.

Com essa política, o pequeno agrupamento petista se junta a outros charlatães autointulados “trotskistas” como o PSTU, MRT e Esquerda Marxista que, ao abandonarem os trabalhadores em seu dia sagrado de luta, comprovam que não passam de revolucionários de sofá.

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