Além da epidemia de Coronavírus, outra doença, talvez menos letal, mas certamente bastante contagiosa em um setor social identificado com uma classe média universitária, se alastra: a doença do identitarismo.
Desenvolvida nos laboratórios das universidades de ciências humanas, principalmente no Estados Unidos, ela é difundida pelo mundo através de muita demagogia política. Os principais vetores dessa doença são políticos do Partido Democrata norte-americano e de outros partidos pseudo-progressistas dos países imperialistas.
Os principais atingidos pelo vírus são esquerdistas universitários, pessoas de classe média com vocação e tempo para ideias extravagantes sobre o mundo, patricinhas e mauricinhos vestidos de hippies. A principal manifestação da doença é a transformação da pessoas em um ser anti-social, avesso ao debate de ideias e muito moralista.
Para esconder uma política genocida, espalham uma ideologia em que a única coisa que importa é fazer demagogia. Sim, porque não estamos falando de defesa de oprimidos. Esses ideólogos do identitarismo não querem saber dos reais direitos de ninguém, só estão preocupados mesmo em ditar regras de comportamento.
Pode jogar bombas à vontade sobre a cabeça de mulheres, crianças, negros, homens, LGBT em qualquer país do mundo, o que não pode é falar qualquer coisa considerada ofensiva, segundo os critérios arbitrários e os interesses desses ideólogos.
O identitarismo é um verdadeiro câncer na política e na sociedade em geral. Inimigo do debate, transforma qualquer ideia divergente em pecado, em lição de moral e passível de ser calada, censurada, “cancelada”. O identitarismo não permite o humor, não quer saber de manifestação espontânea, nada que coloque em xeque a concepção de mundo religiosa, nada que possa remotamente ofender os dogmas dos participantes da seita identitária.
A esquerda que embarcou nessa ideologia está cada vez mais reacionária. Trocou a luta real pelos interesses reais e materiais do povo oprimido por uma demagogia rasteira. Trocou o debate de ideias pela imposição de ideias. Trocou o a luta de classes pelo moralismo. Trocou a livre expressão pelo obscurantismo medieval.
E é por isso que essa esquerda identitária perde a cada dia mais apoio. Ela se desmoraliza diante da maioria do povo porque a maioria do povo, felizmente nesse caso, não pensa igual aos universitários da USP, da PUC, da Unicamp ou das universidades norte-americanas e francesas.
O povo não aguenta mais esses identitários. Nós não aguentamos mais os identitários. E é preciso deixar muito claro que o identitarismo não tem absolutamente nada a ver com o comunismo, com a luta da classe operária, na realidade, os identitários são inimigos dessa luta.
O identitarismo é reacionário, o identitarismo é ignorante, é obscurantista, medieval e muito sem graça.