A reportagem denúncia feita em primeira mão neste Diário na semana passada, mostrando as relações do esquerdista Guilherme Boulos com setores capitalistas ligados ao imperialismo ainda gera reações histéricas de setores da esquerda pequeno-burguesa.
E quanto mais esses setores tentam responder de alguma forma a reportagem, baseada em fatos e somente fatos, mais eles confirmam o envolvimento estreito de Boulos e de outros esquerdistas com representantes do capital imperialista. Isso porque as respostas não são verdadeiras respostas. Ao invés de responder aos fatos colocados na reportagem, os envolvidos usam de ironia, de ataques contra o PCO.
É o que fez o MTST, grupo que serviu como trampolim para Guilherme Boulos ingressar em sua empreitada de político burguês oportunista. Diante de dezenas de fatos, a conta oficial do MTST apenas ironizou sobre as relações de Boulos com o imperialismo: “É verdade, eu estava lá, eu era a CIA”.
É verdade, eu estava lá, eu era a CIA pic.twitter.com/8y5maPeyGH
— MTST (@mtst) November 4, 2021
A resposta é praticamente uma declaração de culpa. Qual seria o problema de responder os fatos presentes do artigo do DCO? Não haveria problema se esses fatos realmente não fossem comprometedores, então o que resta é desconversar.
Na falta de argumentos, é mais fácil falar que tudo não passa de “teoria da conspiração” do PCO. Guilherme Boulos vai assinando seu atestado de culpa.
Como não há resposta aos fatos, apenas ironia, histeria e ataques ao PCO as dúvidas suscitadas pela matéria continuam: Boulos acha normal receber dinheiro de empresário ligado ao golpe e ao imperialismo? É verdade ou não o que foi colocado? Como um partido que apresenta contra a conciliação de classes aceita como liderança um político com tais ligações?
Nenhuma desses perguntas são respondidas.