Mais uma vez os identitários estabeleceram seu tribunal de perseguição baseado na histeria de uma suposta defesa dos LGBTs. O jogador de voleibol Maurício Souza foi demitido de seu clube por ter dado sua opinião sobre a decisão da DC Comics de transformar o filho do super-homem em bissexual.
A Santa Inquisição perseguia todos aqueles que a Igreja Católica considerava infiel. Eram tribunais em que não existiam direitos, apenas a vontade superior da Igreja e dos poderosos. Muitas pessoas foram queimadas simplesmente por serem acusadas de alguma coisa. Era um regime de terror e barbaridades que perdurou durante a Idade Média e ganhou força a partir da reação da Igreja à Reforma Protestante.
Como é claro, esse tipo de regime é um produto de uma reação, da ação de forças conservadoras contra o desenvolvimento da humanidade. Assim, a Inquisição não atingiu apenas os “infiéis”, protestantes, “cristãos-novos”. O tribunal de arbitrariedades da Inquisição atingiu cientistas, artistas, escritores.
Sempre que uma força poderosa se vê ameaçada, ela lança mão de expedientes desse tipo. É o que estamos passando nesse momento.
O capitalismo decadente no mundo cria, para estabelecer a sua ditadura contra a população, cria mecanismo anti-democráticos. Por isso há um fechamento dos regimes políticos, censura, histeria. Tudo isso controlado pelos monopólios imperialistas.
É interessante que uma das ideologias adotadas pelo imperialismo para estabelecer sua política de domínio inquisitorial é o identitarismo. Com a cobertura de que há uma preocupação com as “minorias”, os monopólios estabelecem sua ditadura no mundo, mobilizando quem ele sempre mobiliza: a classe média totalmente desesperada e histérica.
Uma pessoa não pode emitir opinião. Se essa opinião desagradar o sendo comum, ela corre o risco de se ver no tribunal inquisitório. E assim como na Santa Inquisição não havia necessidade de provas e direito de defesa, bastava uma acusação histérica de bruxaria para que o acusado fosse parar nas masmorras e na fogueira, agora para o identitarismo não importa o conteúdo do que foi dito. Se alguém acusar de homofóbico ou machista ou racista ou qualquer coisa, uma horda de histéricos começam a pedir a cabeça do acusado.
Foi exatamente o que ocorreu com o jogado de Volei Maurício Souza. Bastou que ele emitisse uma opinião em seus Instagram sobre o anúncio de que o filho do Superman seria bissexual que a horda identitárias com toxas na mão fossem atrás dele para “cancela-lo”.
Por trás disso tudo, a multinacional Gerdau e o monopólio automobilístico da FIAT, patrocinadoras do Minas Tênis Clube, time do jogador. Os monopólios imperialistas, por ironia justamente a FIAT, apoiadora de Mussolini na Itália, saíram em defesa da “diversidade” e obrigaram o clube a demitir o jogador. O técnico da Seleção Brasileira afirmou que não vai mais convoca-lo.
Estamos diante da Santa Inquisição disfarçada de amor aos LGBTs. Uma amor falso, um amor que só serve como pretexto para que esses monopólios imperialistas façam demagogia enquanto exploram milhões de pessoas em suas fábricas no mundo todo.
Maurício Souza não é um político. Justificar sua demissão e sua não convocação para a Seleção por algo que ele falou não faz o menor sentido. Sua função é jogar Voleibol não emitir opiniões políticas corretas. Se suas opiniões são erradas por que não debater ao invés de cortar sua cabeça? A explicação é a Inquisição identitária sustentada pela histeria da classe média pseudo-esquerdista e impulsionada pelos monopólios imperialistas que querem todo e qualquer pretexto para impor a censura a todo mundo. E esse é o único resultado que os identitários histéricos vão conseguir: a censura generalizada contra todos aqueles que desagradam os monopólios.