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Fachada

As ONGs e o imperialismo

Organizações se disfarçam de humanitárias para apoiar as maiores atrocidades que a história humana já teve notícia

world economic forum, wef, in davos

Estima-se que, atualmente, haja pelo menos 10 milhões de Organizações Não-Governamentais (ONGs) funcionando sobre a superfície do planeta Terra. Isto é, uma ONG para cada 780 pessoas!

A proliferação das ONGs, que não param de se multiplicar mundo afora, contrasta brutalmente com a situação de miséria em que todos os povos se encontram. A cada segundo que passa, os ricos vão ficando mais ricos, os bancos aumentam seus lucros, os capitalistas engordam seus cofres, enquanto o povo vai tendo seus direitos trabalhistas rasgados, perdendo seus postos de emprego e convivendo com a fome.

O que fazem essas ONGs? De onde tiram seu sustento, já que o mundo se encaminha para uma concentração de riqueza tal que até mesmo a aposentadoria dos trabalhadores está sendo cassada?

Por mais “absurdo” que possa parecer (na verdade é muito óbvio), os principais financiadores das ONGs são… os próprios capitalistas. Diferentemente de uma organização vinda do movimento operário ou do movimento popular, como a CUT, como um sindicato ou como uma torcida organizada, as ONGs são incapazes de se sustentar por meio da solidariedade dos explorados. O operário que contribui com seu sindicato o faz porque ele próprio faz parte do sindicato. Atua nas greves, elege seus delegados e dirigentes e o utiliza como um instrumento de luta. Mas por que contribuiria com a ONG doutor fulano de tal (com nome em alemão), que, se tanto, faz ou aquilo que o Estado deveria fazer (e o trabalhador já paga imposto) ou aquilo que o próprio trabalhador poderia fazer por meio de associações, comitês de bairro, conselhos populares etc.?

Mas não é só isso. Não se trata de uma coisa baseada em boas intenções. Tem caroço nesse angu.

A ONG, por sua própria natureza, não pode ser sustentada pelos trabalhadores. E é justamente por isso que é sustentada por sua classe antagônica: a burguesia. Neste caso, o setor mais vampiresco e parasitário da burguesia: a burguesia imperialista.

E não é pouco financiamento. Somente no Brasil, de acordo com a Pesquisa Doação Brasil, nada menos que R$10,3 bilhões foram repassados a ONGS durante o ano de 2020 — mais que 0,5% do PIB nacional e quase 100 vezes o valor que todos os sindicatos recebem do imposto sindical.

Com todo esse porte, o financiamento às ONGs não é somente um apoio. É um projeto do imperialismo. Por mais que provavelmente haja, no universo de 10 milhões de ONGs, algumas centenas bem-intencionadas e independentes em relação à burguesia mundial, não há como negar que a compra, a corrupção e mesmo a criação de ONGs é uma política consciente dos bancos e monopólios internacionais.

O motivo por trás disso é bastante claro, para aqueles que se debruçaram minimamente sobre o tema. As ONGs se apresentam à sociedade sob a justificativa de defenderem ou as “pessoas” ou o “meio ambiente”. Motivos, aparentemente, nobres. Acontece, no entanto, que o imperialismo só deixa essas ONGs protegerem as “pessoas” que interessam ao imperialismo e o “meio ambiente” que interessa ao imperialismo.

Quantas e quantas ONGs bradam mundo afora em defesa dos chamados “direitos humanos”? Não protestam contra a tortura, contra a censura, contra perseguições políticas? Mas a grande pergunta que fica é por que essas ONGs só fazem um escarcéu quando se trata de “violações” na Venezuela, em Cuba, na Líbia, na Síria ou no Afeganistão, mas ficam de bico calado perante o maior inimigo da humanidade, que são os Estados Unidos?

Há crime maior que invadir um país por vinte anos, estuprar suas mulheres, destruir sua infraestrutura e roubar suas riquezas, como fizeram os Estados Unidos no Afeganistão? Esses crimes passam todos despercebidos pelas ONGs. O golpe de Estado no Brasil, que está levando 120 milhões de pessoas a uma situação de fome, também passa fora do radar. Mas se Nicolás Maduro, Miguel Díaz-Canel ou qualquer líder nacionalista falar grosso, cartazes de cartolina emergem do nada gritando contra as “ditaduras”, representantes oficiais dessas ONGs vão à imprensa atacá-los, publicam essas ONGs relatórios fajutos, fazem tuitaços…

O mundo todo sabe que é assim. Tanto que em Cuba, essas ONGs são proibidas. Na Rússia, o governo de Vladimir Putin as colocou para correr. E é o que qualquer governo preocupado em defender os interesses do povo deveria fazer: permitir que um país estrangeiro financie uma organização para conspirar contra o governo do seu próprio país é o mesmo que permitir que os Estados Unidos arme uma filial de seu Exército em seu próprio país para lhe derrubar.

O papa das ONGs, criticado até mesmo pela extrema-direita, uma vez que financia políticos de esquerda vendidos ao imperialismo vinculados a essas ONGs, é o magnata húngaro-americano George Soros. Fundador de uma árvore de ONGs — a Open Society — Soros é uma das figuras mais hediondas que a humanidade já conheceu, tendo faturado, sozinho, 1 bilhão de libras em um período de crise na Inglaterra e financiado o golpe neonazista na Ucrânia.

A forma das ONGs é humanitária e quase heroica — como é o caso dos capacetes brancos que atuam na Síria. Seu conteúdo, no entanto, é tão criminoso e reacionário quanto a faceta mais selvagem do imperialismo, que deixou um bigodudo tomar conta da Europa no século passado.

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