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Por uma frente de luta

A quem serve a frente ampla?

Encontro entre Lula e FHC reacendeu a defesa da frente ampla pela esquerda-pequeno burguesa

A principal notícia que tomou conta de todos os jornais da burguesia brasileira foi o encontro entre o golpista Fernando Henrique Cardoso com o ex-presidente Lula. O momento, mesmo que não tenha servido para representar qualquer tomada oficial de decisão, por parte de ambos, representou para a imprensa burguesa um novo pretexto para ressurgir a “frente democrática contra Bolsonaro”.

Dessa maneira, jornais como a Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo passaram a dar grande enfoque no encontro. A intenção por parte da imprensa burguesa é de criar uma campanha de “frente democrática” ilusória, na prática a campanha favorece apenas a direita golpista, que coloca a seu reboque toda a esquerda pequeno-burguesa iludida em uma frente de luta contra Bolsonaro.

“Todos contra Bolsonaro” tornou-se rapidamente um slogan tanto da esquerda pequeno-burguesa, defensora da frente ampla com os golpistas, como também do próprio FHC. Anteriormente, um dos mais destacados defensores desta política, Flávio Dino (PCdoB), saiu no dia do aniversário do partido, em defesa da frente ampla com a direita brasileira. Agora, na mesma semana do encontro de Lula com FHC, o governador decidiu por se reunir novamente com Rodrigo Maia e destacar a importância de que “o Brasil precisa que valorizemos as convergências”.

Estes acontecimentos criaram uma nova onda de confusões por parte da esquerda brasileira. Com o encontro de Lula e FHC, parte da esquerda pequeno-burguesa lançou-se novamente na ilusão de uma frente única contra Bolsonaro. Segundo este setor, a luta contra o fascismo, é a luta em nome da democracia, contudo, o problema é que a tal “democracia” defendida, passa desde o Partido dos Trabalhadores e organizações populares a até os criminosos do PSDB e defensores da ditadura golpista.

À Folha o secretário nacional de comunicação do PT, Jilmar Tatto, declarou que a foto seria “emblemática” e faria parte da “batalha de somar forças para tirar Bolsonaro”. Além disso, afirmou que “o que poderia ser algo incômodo no passo hoje não é mais, porque Bolsonaro transformou o nosso país em pária internacional. Para derrota-lo, vamos ter que fazer um movimento mais amplo em defesa da democracia, das instituições republicanas e, neste momento de pandemia, da vida”.

Já Flávio Dino afirmou que “trata-se de proteger a democracia ameaçada pela extrema-direita bolsonarista”. Continuando, afirmou ainda que “nossas diferenças são muito menores que o nosso dever histórico de derrotar Bolsonaro. É hora de dialogar e construir consensos, o que está em jogo é a democracia e a vida dos brasileiros”.

A aliança entre os setores da esquerda com figuras como FHC só representará uma completa derrota dos trabalhadores. Fernando Henrique Cardoso foi um dos presidentes brasileiros mais destacados no ataque aos interesses da classe operária, uma figura que facilmente colocaria Bolsonaro “no bolso” se for colocado em questão os brutais ataques feitos a classe trabalhadora.

FHC entrou para a história como um verdadeiro pistoleiro de aluguel, servindo aos interesses daqueles que o pagassem. Assim, logo em seu governo, com toda a propaganda de “democrático” e supostamente “social” em torno de si, FHC afirmou que deveria ser esquecido tudo que escreveu e iniciou uma política brutal de aliança com o imperialismo contra os trabalhadores.

Foi neste governo que FHC esmagou a classe operária nas greves de Petroleiros, falindo sindicatos, demitindo dirigentes sindicais e trabalhadores, criando uma grande perseguição política ditatorial, ao mesmo tempo que emplacava o aprofundamento do neoliberalismo no Brasil.

Além disso, Fernando Henrique Cardoso foi responsável por colocar na miséria um terço da população brasileira, segundo dados oficias. O nível de pobreza extremo, a fome, o desemprego e as demissões em massa, junto às privatizações fizeram parte de um dos piores governos da história brasileira.

Os tucanos devastaram o país, aniquilaram grande parte da indústria brasileira e por fim, mesmo ter declaradamente apoiado Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, tentam convencer a esquerda pequeno-burguesa de serem os verdadeiros defensores da democracia brasileira.

A frente ampla com estes setores não passam de uma fábula. Os tucanos são a base de sustentação do governo Bolsonaro no parlamento, junto ao chamado “centrão”, ao fazer concessões em um acordo com a burguesia, quem ganhará será apenas os grandes capitalistas, e quando estes ganham algo, a população trabalhadora perde pelo outro lado.

Para o PSDB e os demais membros do “centrão”, passa longe a ideia de derrotar o governo Bolsonaro. O principal setor da burguesia, representado por estes partidos, buscam em grande medida controlar o governo de Jair Bolsonaro e substitui-lo por uma candidatura de “centro”, a chamada “terceira via”.

Nesse sentido, para esta política se concretizar, a única forma possível seria retirando novamente Lula das eleições. Este ponto, torna o encontro entre FHC e Lula ainda mais cínico por parte dos tucanos. A burguesia tenta aproximar a esquerda, convence-la de uma possível aliança para no fim golpeá-la novamente.

A única frente possível para a esquerda enfrentar o fascismo e todo regime golpista, é uma frente de luta com os trabalhadores. Apenas por meio da mobilização em torno das principais reivindicações que a candidatura de Lula poderá se apoiar e ter a força necessária para derrotar o regime golpista.

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