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Afeganistão

Uma esquerda filha do Bush

Reféns da propaganda identitária estão se alinhando aos setores mais beligerantes e direitistas do imperialismo norte-americano

Que os Estados Unidos estão por trás de todas as desgraças da humanidade, isso todo mundo sabe. O imperialismo, no entanto, procura sempre confundir os povos que oprime, apresentando uma face mais “simpática” de sua política assassina. Foi assim com o negro Barack Obama, foi assim com o “ambientalista” Al Gore, foi assim com os capacetes brancos etc. Uma figura, contudo, nunca conseguiu passar por qualquer filtro “humanitário”. George W. Bush sempre foi visto, dentro e fora dos Estados Unidos, como uma espécie de reencarnação do demônio.

Bush governou o mais importante país do mundo durante oito anos — dois mandatos. O primeiro, inclusive, obtido através de uma fraude famosa em todo o mundo. Em seu currículo, estão duas guerras monstruosas — a do Afeganistão e a do Iraque, que teriam deixado até 1,2 milhão de mortos, segundo levantamentos da Opinion Research Business e da Watson Institute —; a Lei Patriótica — que deu poderes para a polícia invadir até bibliotecas para saber o que as pessoas estavam lendo —; a perseguição de jornalistas e o encarceramento de milhares de pessoas. Um verdadeiro monstro, cujas relações de sua família com o nazismo são públicas e conhecidas.

O ódio a Bush é tamanho que, no Brasil, vários artistas se manifestaram contra ele. O compositor Tom Zé, por exemplo, compôs a música “Companheiro Bush”, em que acusava abertamente o presidente norte-americano de ter vendido armas de guerra para Saddam Hussein.

O incrível é que hoje uma fração minoritária da esquerda — embora histérica e barulhenta nas redes sociais — resolveu reinterpretar a música de Tom Zé. Ignoraram a ironia e passaram a acreditar que Bush é, de fato, um “companheiro”.

Essa fração, que está sobretudo nas fileiras do PSOL, do PCB e do PSTU, ficou contra a vitória do Talibã sobre as tropas norte-americanas no Afeganistão. Ou, dito de outro modo: não queriam que os Estados Unidos fosse derrotado no Afeganistão. Estão, portanto, apoiando a brutal e sanguinária intervenção norte-americana no Oriente Médio, sob pretextos ridículos, como o da “defesa da mulher”.

Se a esquerda for ficar contra a vitória do Talibã porque quer defender a mulher, então acredita que a guerra do Afeganistão foi deflagrada para defender a mulher. Ou seja: passaram a acreditar que George W. Bush é um defensor da mulher. É uma loucura.

O que esse caso mostra é que, na medida em que a polarização política se intensifica, os setores mais pequeno-burgueses da esquerda vão pendendo para o lado antagônico dos trabalhadores e oprimidos. Estão tão decididos a apoiar a política do imperialismo que agora não se importam de jogar no mesmo time de George Bush. A suástica no braço é o próximo passo, se continuar assim.

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