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Doria, PSDB, STF x Bolsonaro

Uma briga de quadrilhas da direita inimiga do povo brasileiro

A política da ala de Bolsonaro é contra-atacar a burguesia golpista, que busca pressionar sua base. É hora da esquerda convocar amplamente os atos de 7/9

A situação está evidenciando que ante o agravamento da crise econômica e da ausência de perspectivas de uma expressiva melhoria no próximo período, se intensificam os atritos entres as diferentes frações da burguesia que se uniram para dar o golpe de Estado e tirar a esquerda do governo – derrubando a presidenta Dilma Rousseff (2016) e, depois fraudar as eleições de 2018, condenando e prendendo por 580 dias o ex-presidente Lula para impedir sua eleição para um terceiro mandato – e para impor todo tipo de retrocesso nas condições de vida do povo trabalhador brasileiro, com recorde de fome, miséria, desemprego, mortes na pandemia etc.

Por um lado, a direita tradicional e representante dos setores mais poderosos da burguesia, chefiada pelo PSDB, que junto com seus aliados (MDB, PSD, Podemos etc..) e “sublegendas” (Cidadania, Verde, Solidariedade etc.),  tem o controle – mesmo que precário – das instituições burocráticas do regime golpista (STF, TSE, governos estaduais, prefeituras etc.). Por outro, a extrema-direita, apoiada por setores mais débeis da burguesia, em aliança com o “centrão”, ocupa o governo federal e tem o apoio dos órgãos de repressão (FFAA, PF, PMs etc.).

A política da ala de Bolsonaro é contra-atacar a burguesia golpista, que está usando as instituições que comanda para pressionar sua base, colocando aliados dele contra a parede (prisão do presidente do PTB, Roberto Jefferson, do ex-deputado Sérgio Reis etc), fazendo interna campanha contra Bolsonaro na imprensa golpista, buscando dividir a base do governo (pressão sobre os militares, por exemplo).

A direita defensora da chamada terceira via, que gostaria de credenciar um candidato da direita golpista para enfrentar Bolsonaro com apoio da esquerda, ou seja, que teria como objetivo principal derrotar Lula, o candidato das organizações dos trabalhadores, “cutucou a onça com vara curta”. Tentou “pressionar” Bolsonaro com medidas judiciais e burocráticas – pisoteando, inclusive, a própria legislação – e buscando controlar o processo eleitoral (urnas eletrônicas, sem sistema de controle e auditagem efetiva, popular). Empresários lançaram Manifesto, governadores fizeram reunião e, mostrando que tiveram que capitular diante da decisão de Bolsonaro de ir para cima (convocando atos com apoio de militares), estão pedindo “pacificação” dos poderes e reunião com Bolsonaro para tentar “acalmar”  a situação em seu favor, ou seja, evitar a polarização política entre a direita bolsonarista e a esquerda.

Com isso indicam claramente que não têm condições de manter essa briga com Bolsonaro, pois não têm – ao contrário de Bolsonaro – uma ampla base de apoio social, como é o caso da base decomposta e reacionária de Bolsonaro, formada por integrantes da classe média reacionária, pelos policiais militares que estão se insubordinando contra as autoridades em apoio a Bolsonaro, por milhares de militares que ocupam cargos públicos, pela escória do “centrão” etc.

Tudo indica que estamos diante de uma espécie de golpe branco, uma ação para evitar o golpe que a direita tradicional procura lhe aplicar, mais do que um golpe de verdade. A burguesia quer que Bolsonaro recue e feche uma trégua. Mas Bolsonaro não está recuando, indicando que ele poderia tirar proveito da situação para exigir uma modificação na relação de forças institucional (que está favorável à direita tradicional neste momento). E a direita à Joe Biden, aqui liderada pelo PSDB de João Doria, dá sinais de que vai capitular porque não tem força política para enfrentar e derrotar Bolsonaro e não quer (de modo algum!) apoiar a esquerda que pode derrotar Bolsonaro mobilizando milhares de organizações da classe operária e de todo o povo explorado.

Diante da crise, Bolsonaro tenta reinar no arbítrio. Esta sua turba armada – organizada pelos militares, setores reacionários das igrejas, grupos fascistas etc. – ameaça para cercar o STF e ocupar as ruas.

Doria, PSDB, STF e a frente ampla não são páreo em um cenário como esse. Não têm força real para enfrentar e derrotar essa ofensiva.

Só quem pode parar essa ofensiva da direita  – que se unifica em tudo que diga respeito aos trabalhadores como se vê nas “reformas”, privatizações, genocídio do povo etc. são os trabalhadores. Só a classe operária, as organizações dos trabalhadores, da esquerda, da juventude, dos negros, das mulheres, podem levantar uma mobilização – como vinha acontecendo e foi sabotada pelos setores que defendem a frente ampla com a direita golpista – que seja capaz de derrotar Bolsonaro e todos os golpistas.

É hora das organizações da esquerda nacional se reunirem, aprovarem um plano de mobilização, convocarem amplamente os atos do dia 7/9, com suas bandeiras vermelhas, com as reivindicações dos trabalhadores diante da crise, com suas alternativas frente à política golpista de toda a direita.

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