A burguesia está tentando impor o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), como candidato a vice presidente do companheiro Lula em 2022.
Trata-se de um golpe contra a candidatura popular para as eleições do ano que vem.
Tudo começou com um boato veiculado pela coluna de Mônica Bergamo (a suposta esquerdista da Folha de S.Paulo, que não passa uma semana sem elogiar Boulos) sem nenhuma fonte, sem nenhum indício, dizendo que o PT e Alckmin estariam conversando sobre a possibilidade de uma chapa conjunta.
Logo depois disso, toda a imprensa burguesa aproveitou para tentar transformar esse boato em verdade, repercutindo como se já estivesse confirmado que Lula e Alckmin estariam em conversações. Isso fez com que setores da ala direita do PT e petistas mais ingênuos começassem a discutir se realmente não seria uma boa ideia ter Alckmin como vice.
Lula e a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, já desmentiram esse boato e falaram que não existe nenhuma negociação com Alckmin. Mas a imprensa insiste na mentira. Tanto é que agora fala que o Alckmin poderia ir pro PSB para formar essa chapa, o que seria um suposto giro à esquerda do ex-governador de São Paulo.
Esses boatos e, ao mesmo tempo, crenças pela parte de uma ala do PT, são um prato cheio para a esquerda oportunista, como o PSOL, dar uma desculpa para não apoiar Lula em 2022 ─ Juliano Medeiros já disse que isso “dificulta” um apoio do PSOL. Tal postura não passa de pura hipocrisia, porque o PSOL apoia a frente ampla e Medeiros articulou para que o PSDB pudesse participar dos atos Fora Bolsonaro, atacando quem discordou de tamanha traição ao movimento.
A base do PT, os trabalhadores, sem terra, militantes dos movimentos populares, estão contra isso. O dia 12 é a oportunidade para expressarem essa discordância e a necessidade de uma candidatura dos trabalhadores, sem patrões.
Neste domingo, às 14h em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, milhares de pessoas de todo o País estarão mobilizadas para o ato Fora Bolsonaro e Lula Presidente. Irão lutar para garantir que Lula seja o candidato unificado da esquerda e que sua campanha mobilize as amplas massas oprimidas do País, nas ruas, nas fábricas, nas ocupações, acampamentos e assentamentos. Para que seja uma candidatura dos trabalhadores, dos sem terra e dos militantes.
Para que seja eleito e seu governo não seja uma aliança com a direita ─ representada, por exemplo, por Alckmin ─ e sim uma aliança com os trabalhadores da cidade e do campo. Para derrubar Bolsonaro, derrotar o golpe e o imperialismo.