A campanha de Lula está marcada por diversas alianças que são verdadeiros cavalos de Tróia, desde as falsas centrais sindicais como a Força Sindical, passando pelas alianças com a direita nos estados como Kalil, PSD, em Minas Gerais e até mesmos setores da esquerda que paracem jogar mais contra do que a favor, PSOL e PCdoB. Mas o PSB, que tem a vice-presidência com Alckmin parece ser o carro chefe na quinta coluna contra Lula e o PT. E os casos de São Paulo e do Rio de Janeiro deixam isso muito claro.
No estado do Rio de Janeiro o PT abdicou de uma candidatura própria, com altas chances de concorrer dada a situação de falência total dos demais partidos de esquerda, com destaque para o PSOL que antes ocupava uma importante posição. O candidato apoiado pelo PT é Marcelo Freixo, ex psol agora PSB, que durante todo processo golpista se colocou ao lado da lava jato sendo um opositor ao movimento pela liberdade de Lula. Não só isso como Freixo é apoiado pela Globo e é tão direitista que está para perder do candidato de Bolsonaro, Claudio Castro, o atual governador.
O acordo realizado entre PSB e PT é que Freixo seria o candidato ao governo e André Ceciliano, PT, seria o candidato ao senado. Acontece que mesmo com a abdicação do PT ao governo, que nem inclui a candidatura do vice, que deve ira para o PSDB, o PSB não largou o seu candidato ao senado, Alessandro Molon. A disputa foi tão longe que chegou a abalar o comício de Lula que será realizado no dia 7 de julho da praça da Cinelândia, com um possível risco de cancelamento e Freixo pediu publicamente que Molon retirasse sua candidatura.
Algo semelhante aconteceu no estado de São Paulo, nesse caso o acordo foi o da própria vice presidência, Alckmin seria o preço para que o Haddad fosse o cadidato ao governo com apoio do PSB. Contudo até hoje Marcio França não abdicou de sua candidatura, ontem (03/07) o próprio ex presidente Lula se encontrou com o ex vice de Alckmin para tentar resolver o impasse. Ainda não sabemos o resultado da reunião contudo está claro que o PSB está se impondo para cima do PT em todo o país.
O maior cavalo de tróia de todos é o próprio vice Alckmin, que agora já está claro, não ajudou em nada a campanha do PT visto que o PSB não cedeu suas posições. Por outro lado ele é um enorme peso, um tucano infiltrado na campanha de Lula, um possível novo Temer ainda pior que o primeiro, um foco de ataque do bolsonarismo e até mesmo da imprensa burguesa que pode utilizar a campanha da corrupção contra o ex governador de São Paulo. Alckmin é um gigantesco peso morto na campanha de Lula.
Os falsos aliados da esquerda e da pseudo esquerda são o principal flanco da campanha de Lula, são eles que fazem com que Lula não se mostre como o que realmente é, o candidato anti sistema, o candidato contra o golpe de Estado. O PSB votou a favor do golpe contra a presidenta Dilma, e Alckmin, na época do PSDB, foi um dos protagonistas do golpismo. A real aliança de Lula é aquile que lhe da força a classe operária brasileira e a suas organizações. Somente elas podem conquistar Lula presidente e o governo dos trabalhadores.