Aproxima-se a data maior de luta dos trabalhadores em todo o mundo, o 1º de maio. Em nenhum outro momento da vida nacional foi tão necessário e urgente unificar todas as categorias oprimidas do movimento operário e popular para lutar contra os diversos ataques levados adiante pela burguesia contra os trabalhadores, os direitos sociais das massas e os interesses do País.
Direitos fundamentais como liberdade de opinião, direito de greve, de trabalhar em boas condições e com salário digno, direito à educação básica e superior, direito à saúde, à aposentadoria, ao transporte e alimentação estão na alça de mira dos ladrões golpistas da nação.
O ano de 2022 iniciou com o desemprego em alta, agravado pela alta inflacionária que pode fechar o ano em 7,1%, segundo o próprio Banco Central. O subemprego e a fome aumentam exponencialmente, assim como também a criminalização dos movimentos sociais e grevistas, o cerceamento da liberdade de expressão, mazelas estas que são frutos do golpe de Estado implantado em 2016, que depôs o governo legitimamente eleito em 2014 pelo voto popular.
É nesse cenário de absoluto descontrole econômico e ataque sem precedentes às condições de vida das massas populares que chegamos ao 1º de Maio. Nos dois anos anteriores, sob o pretexto da pandemia, da necessidade de não aglomerar e assim evitar a contaminação, a CUT realizou tão somente atos virtuais com “convidados especiais”, nomeadamente os inimigos dos trabalhadores (FHC, João Doria e outros notórios algozes do povo brasileiro).
Agora em 2022, a CUT – acertadamente – está convocando um ato presencial na cidade de São Paulo. No entanto, é necessário que se diga que as condições logísticas para a realização do ato estão longe do necessário, pois o ato está marcado para um local que dificulta a ida da classe operária, a praça Charles Miller, no Pacaembu, um local de classe média da cidade, e, para piorar, a extrema direita vai organizar uma manifestação no local mais tradicional das manifestações de São Paulo: a Avenida Paulista.
Esse, todavia, não é o maior problema. A direção da mais importante central sindical do País estará dividindo o palanque com os notórios pelegos do sindicalismo nacional ( CTB, UGT, NCST, Intersindical, etc.), alguns com passado recente abertamente golpista, como os pelegos da Força Sindical, que apoiaram a conspiração direitista contra a presidenta Dilma Rousseff, que culminou com sua ilegal deposição via impeachment fraudulento.
É preciso deixar claro que essa gente, esses pelegos aliados dos patrões, da Fiesp, nada representam para a luta dos trabalhadores, muitas dessas centrais não têm vida própria, não mobilizam ninguém e existem somente para usufruir das benesses do imposto sindical.
Os trabalhadores também não podem ser afrontados com a presença no palanque, dos políticos inimigos das massas populares, responsáveis pela situação de descalabro social vivenciada pelo País, os diretamente responsáveis pela fome, pela miséria, pela alta inflacionária, pelo desemprego e subemprego. São os políticos da chamada 3ª via, repudiados pelas massas populares, desmoralizados eleitoralmente, os mesmos que ostentam percentuais de intenção de voto medíocres na atual corrida presidencial (Ciro Gomes, João Doria, Eduardo Leite, etc.).
Exigimos que a CUT não abra espaço para esses verdadeiros vigaristas, pilantras sanguessugas da população, apoiadores do golpe de Estado e que nesse momento tentam limpar sua ficha ante os olhos da população faminta, desesperada.
Para pôr fim ao golpe de Estado, pelo fim da reforma trabalhista, previdenciária, e pela estatização de todas as empresas privatizadas e por um governo dos trabalhadores, dia 1º de maio todos às ruas por um ato classista, sem pelegos e sem os políticos oportunistas da 3ª via, pelo Fora Bolsonaro e Lula Presidente!
