Depois de uma semana de suspense e muito arranca rabo, as prévias do partido mais detestado da história do Brasil elegeram o atual governador do estado de São Paulo, João Doria, como candidato do PSDB à presidência da república. BolsoDoria venceu Eduardo Leite, o Bolsogay, que atualmente ocupa o cargo de governador do Rio Grande do Sul. Leite estava sendo preparado como opção identitária do PSDB para a 2022, tendo se declarado homossexual no início deste ano, mas, apesar da campanha, não conseguiu vencer IdentiDoria, que já a tempos está aumentando sua influência e seu controle sobre o aparato do PSDB.
É importante salientar que ambos os candidatos estavam pleiteando a vaga de candidato da chamada 3ª via, pois ambos se apresentam como uma alternativa à direita para Bolsonaro, que está desgastado, ou seja, candidatos de oposição à candidatura de Lula, que neste momento é a candidatura que canaliza a oposição ao governo Bolsonaro. Portanto, qualquer candidato da 3ª via é outro Bolsonaro.
Se a conclusão lógica não satisfaz a dúvida que paira sobre Doria de se ele é melhor ou pior que Bolsonaro, podemos relembrar os feitos do tucano de calça apertada nas suas passagens por cargos executivos do estado de São Paulo, do qual foi prefeito e hoje governador. Doria jogou água gelada em moradores de rua nas noites de inverno, ofereceu ração para a merenda das crianças nas escolas, derrubou casas habitadas na Cracolândia e chegou a passar com um trator por cima de uma família que estava sendo despejada. Doria é um esgoto humano, outro Bolsonaro, e como poderemos ver à seguir, tem o potencial de ser inclusive pior que Bolsonaro.
Doria é um tucano de carreira, e como bem sabemos, o PSDB, além de inimigo mortal do povo brasileiro, também é consequentemente, inimigo mortal do Brasil, tendo sido responsável pela destruição da economia nacional desde a era FHC.
Essa tradição de destruição da economia nacional não é por acaso, o PSDB é o partido do imperialismo no Brasil, e Doria cabe como uma luva na função de homem de confiança do imperialismo no Brasil, pois diferente de Bolsonaro, não responde a nenhuma base social.
As contradições do governo Bolsonaro não permitem que seja um governo tão eficiente nos ataques aos trabalhadores quanto querem os banqueiros, isso indispõe Bolsonaro com o imperialismo. Fora seus posicionamentos ideológicos, que se dependessem da burguesia, seriam descartados imediatamente pois vão na contramão do interesse do imperialismo, como é o caso da questão da posse de armas e do voto impresso.
Já Doria é um político artificial que tem a política que é mais conveniente para as necessidades do imperialismo, algo que se observa na guinada identitária que Doria (e o PSDB, vide Bolsogay) tem tido no último período.