A oposição cubana, vinculada ao imperialismo norte-americano, realizou uma convocação para um protesto contra o governo Díaz-Canel com data para o dia 15 de novembro. Um dos líderes da manifestação, Yunior García, do grupo Arquipélago, disse que se trata da convocação dos “patriotas” para um protesto “cívico” contra “a violência” e a favor “da mudança”.
O dia 15 de novembro havia sido anunciado pelas autoridades governamentais como a data para o relaxamento das medidas de isolamento social e reabertura para os turistas internacionais na ilha.
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O governo da ilha caribenha marcou exercícios militares para os dias 18 e 19, que precedem o Dia da Defesa Nacional, celebrado dia 20 de novembro. As autoridades sabem dos planos desestabilizadores dos Estados Unidos que não escondem a intenção de intervir através de distintas formas para forçar uma mudança de regime político.
As forças armadas cubanas se preparam para uma hipótese de invasão militar. Contudo, um dos meios principais de intervenção do imperialismo é o financiamento de grupos de oposição dentro de Cuba. A ideia é promover protestos, na maioria das vezes violentos, para desestabilizar politicamente – como aconteceu na Venezuela e Nicarágua – e criar um caos institucional que sirva para fazer propaganda contra o regime na imprensa internacional.
O Partido da Causa Operária junto com outras organizações convocou, em resposta, um dia nacional de mobilização em defesa de Cuba e contra as tentativas de intervenção imperialista. A data é o dia 15 de novembro. É preciso defender o Estado Operário cubano de todas as tentativas de derrubada e restauração capitalista.
O imperialismo mundial – o norte-americano em particular – deflagrou uma ofensiva contra os governos da Venezuela, Nicarágua e Cuba. A ilha, por sua vez, enfrenta quase 60 anos de bloqueio econômico genocida imposto pelos Estados Unidos e mantido tanto pelos republicanos quanto pelos democratas.
É preciso mobilizar os trabalhadores em defesa do regime político cubano contra o intervencionismo do imperialismo. Os EUA apoiavam a ditadura militar de Fulgêncio Batista. A expropriação da burguesia cubana e americana na ilha pelo governo revolucionário levou à imposição do bloqueio econômico. Como o imperialismo não conseguiu vencer a revolução pela invasão armada, optou-se pela imposição da fome e da miséria ao povo.
A esquerda brasileira não pode vacilar na defesa de um país oprimido, qualquer que seja seu regime político, quando ele se choca com o imperialismo. É um princípio básico do trotskismo a defesa incondicional dos países atrasados, mesmo com o regime capitalista, e, portanto, governado pela burguesia, quando se confronta com as forças opressoras da humanidade.
Trata-se de um Estado Operário na região do Caribe que sobrevive à pressão política, militar, econômica e diplomática dos norte-americanos e está cercado de inimigos. Defender Cuba é defender a soberania e a independência nacionais, as conquistas da Revolução, os serviços públicos de qualidade, a propriedade estatizada dos meios de produção e as condições de vida do povo.