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Um esclarecimento

Policial não é trabalhador

"Produzir" repressão e mortes não é um trabalho produtivo

No tradicional ato do 1º de Maio, Dia Internacional de Luta da Casse Trabalhadora, a maior liderança popular do País e, com certeza, a liderança operária mais popular do Mundo,  o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, iniciou sua intervenção pedindo desculpas aos policiais por um comentário que fez no dia anterior.

Na véspera, sendo autêntico e agindo como uma liderança que tem vínculos reais com a revolta do povo trabalhador, de maioria negra que sofre cotidianamente o massacre praticado pela Polícia contra o povo, com mais de 6.500 pessoas assassinados em um ano, em sua maioria negros e jovens como o jovem Jhonatan Ribeiro de Almeida, de 18 anos, executado, dias atrás na Comunidade do Jacarezinho, Lula declarou  que o presidente Jair Bolsonaro (PL) “não gosta de gente, gosta de policial”.

Acertadamente, Lula uniu em uma frase dois pontos centrais da revolta popular quentão para de crescer. A revolta contra o governo fraudulento, imposto pelo golpe de Estado, com a condenação e prisão ilegal de Lula e a revolta contra a máquina de guerra contra o povo pobre e negro que é a Polícia.

Pressionado, por certo, por uma parte dos seus aliados e assessores conservadores e até direitistas, Lula se retratou – ao nosso ver, indevidamente – no 1º de Maio, afirmando que

“Quando eu estava fazendo discurso, eu queria dizer que Bolsonaro só gosta de milícia, não gosta de gente, e eu falei que ele só gosta de polícia, não gosta de gente. Quero aproveitar para pedir desculpas aos policiais deste país, porque muitas vezes eles cometem erros, mas muitas vezes salvam muita gente do povo trabalhador. 

É claro que a primeira declaração de Lula não queria se referir individualmente aos integrantes das forças de repressão, mas ao papel que estas cumprem na verdadeira guerra contra o povo e na defesa dos interesses dos grandes capitalistas.

É por demais evidente, no entanto, que a “retratação” de Lula busca acompanhar um raciocínio que domina a imensa maioria da esquerda burguesa e pequeno burguesa que procura apresentar os integrantes das forças de repressão ao povo como “trabalhadores” comuns e até mesmo como aliados da classe trabalhadora em sua luta. O que, nem de longe, corresponde à realidade.

As declarações  de Lula, trazem à tona um tema que é preciso debater no interior das organizações dos trabalhadores, da juventude e dos explorados de um modo geral: a questão da polícia, do aparato repressivo da burguesia contra a classe trabalhadora.

Diante dessa questão, vital para a classe trabalhadora, já que o Brasil tem um das força policiais mais repressoras e mais letais do Mundo que, por exemplo, matou nos últimos 10 anos, mais do que os combatentes militares mortos na guerra da Síria pelo imperialismo e que extermina, todos os dias, mais do que os mortos em combater no conflito provocado pelo imperialismo na Ucrânia.

Boa parte da confusão advém do abandono da defesa, pela esquerda, de uma posição de classe. Ou seja, de examinar os conflitos e as forças sociais d num ponto de vista dos interesses dos trabalhadores e das suas lutas, buscando adotar uma posição de senso comum, que quase sempre é a posição da classe dominante, ou seja, da burguesia, que controla o aparato repressivo contra os trabalhadores.

O policial não exerce um trabalho na sociedade, a sua atividade não cumpre uma função real na economia a não ser proteger os interesses da classe dominante e isso é deixado de lado, pela esquerda, que procura também;em fazer média com os setores da classe média conservadora que são impelidos a crer que a Polícia cumpre algum papel real na proteção dos cidadãos, de um modo geral. O que também não tem base real.

Com essa política, a maioria da esquerda acaba por apoiar o fortalecimento do aparato repressivo do Estado, incluindo as forças que vão atuar na repressão do povo, os órgãos s do judiciário, do ministério público etc. como se viu em todo o processo de golpe de Estado.

Ao contrário dessa politica de compromisso com os interesses da classe dominante e de capitulação diante de sua máquina repressiva, a esquerda classista e revolucionária deve levantar um programa que coloque os interesses do povo trabalhadora acima das demais classes sociais parasitárias.

Como a defesa sa vida e da segurança do trabalhador tem que estar acima dos interesses dos grandes monopólios capitalistas, que entendem como segurança a protesta de seus lucros e do seu patrimônio contra o perigo da revolta a popular, o programa da esquerda deve ser outra pelo fim da polícia militar e de todo o aparato repressivo do regime golpista.

A atual “segurança” que visa proteger a propriedade e a abundância de poucos às custas da miséria d muitos, deve ser substituída por uma verdadeiro regime de  segurança social, por uma atividade organizada e controlada pela  sociedade, para o que seria necessária a eleição direita e a revogabilidade de todos os postos de comandos das policiais municipais que fossem construídas em substituição à atual máquina de guerra contra o povo.

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