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O verdadeiro opressor

O que a imprensa fala da Rússia cabe perfeitamente à Ucrânia

Os meios de comunicação acusam o governo Putin de ser uma ditadura, mas ela não é nada comparada com a verdadeira ditadura ucraniana.

Em entrevista recente à Causa Operária TV, o ucraniano Dmytro Kahvro revelou como o regime político ucraniano é uma ditadura escancarada.

O entrevistado esclareceu que desde o golpe de Estado ucraniano de 2014 que depôs o presidente Víktor Fédorovytch Ianukóvytch a perseguição aos opositores do governo só tem aumentado. Kahvro afirma que um cidadão ao denunciar o golpe ocorrido em seu país passa imediatamente à mira da inteligência governamental e uma caçada se inicia.

Kahvro ainda recorda que os partidos comunistas e a ideologia socialista em si foram proibidos em todo o país, forçando muitos opositores e críticos a buscarem asilo diplomático na Rússia e em países vizinhos, como é o seu caso, já que reside em Lisboa. Durante o debate Kahvro, concorda que existe por parte da imprensa uma tentativa de minimizar o fato de que a Ucrânia hoje é uma ditatura de extrema-direita.

Além disso, o ucraniano confirma que inúmeras milícias nazistas como o Batalhão Azov, Sovobda e o Pravy Sector, um partido de extrema direita, que são grupos abertamente nazistas, foram em algum momento incorporados ao governo ou Exército nacional ucraniano.

Ele recorda o episódio em que o ex-presidente Petro Porochenko (2014-2019) chegou a condecorar soldados do país com medalhas e honrarias com referencias a figuras do nazismo alemão, naturalizando e promovendo de forma direta o crescimento dessas forças reacionárias no País.

O objetivo dessa política por parte do regime ucraniano seria estimular a xenofobia contra a Rússia. Ao ponto da língua russa chegar a ser proibida no país, mesmo com mais da metade da população tendo o russo como língua materna. A intenção principal segundo o mesmo sempre foi provocar o país vizinho, até então um aliado histórico.

Para Kahvro há um grande medo de retornar ao seu país uma vez que ele teme o que poderia acontecer consigo e a sua família que teve de fugir dos conflitos da Guerra Civil na região do Donbas onde ficam localizadas as autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e de Luhansk que se recusaram a reconhecer os sucessivos governos golpistas.

Essas regiões são as únicas onde até então os neonazistas ucranianos não dominavam totalmente. No restante do país a milícias de extrema-direita, treinadas pela OTAN, impunham uma repressão violentíssima principalmente contra a esquerda e grupos sociais como gays, mulheres e imigrantes, que são alvos de racismo.

O golpe ucraniano em 2014 foi utilizada para estimular o golpe de Estado brasileiro que já estava em andamento, uma vez que o foco dado pela imprensa capitalista local era justamente de que o governo de Ianukóvytch era corrupto e, portanto não teria moral para seguir adiante.

Como pano de fundo para o golpe estava o fato de que o governo deposto na Ucrânia negava-se a assinar acordos com a União Europeia, que eram desvantajosos para o País. Uma enorme pressão midiática recaiu sobre o ex-presidente ao passo que se exigia um maior alinhamento do governo aos países imperialistas. Não obstante, a imprensa estimulava os protestos de rua no país e insuflava milhões de pessoas a pedirem a queda do governo que acuado reagia pela força policial.

Durante um desses grandes protestos em 2014 se registrou a participação da então Secretária de Estado Adjunta para Assuntos Europeus e Eurasianos dos EUA Victoria Nuland que compareceu na Praça Maidan em Kiev prestando sua “solidariedade” aos manifestantes presentes.

Nuland também foi gravada durante as negociações de escolha para um governo de coalisão na Ucrânia. A secretária informava Geofrey Pyatt, então Embaixador no país, de que o Departamento de Estado norte-americano havia escolhido Arseniy Yatsenyuk para o cargo de primeiro ministro em detrimento de seus concorrentes Vitaly Klitschko e Oleh Tyahnybok. Na oportunidade a mesma sugere o envolvimento da ONU para chancelar o governo fantoche e mandava a União Europeia “se foder”.

Desde então, os governos sucessivos ao Golpe de Estado de 2014 na Ucrânia passaram todos a reproduzir as ordens advindas do bloco EUA-União Europeia-OTAN, cujo objetivo final nas relações entre ambas as partes culminaria com a entrada do País na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o que jamais seria aceito pela Rússia que alertava há mais de 15 anos sobre isso apelando aos acordos de Minsk.

Os relatos do entrevistado ajudaram por fim a elucidar a realidade do cotidiano de uma Ucrânia pós-golpe. Ao mesmo tempo evidenciou-se que aquilo que a imprensa capitalista propaga da Rússia governada por Putin, estigmatizada como um país opressor e que persegue implacavelmente seus opositores, é na verdade um relato perfeito da própria Ucrânia atual que está tomada pela extrema-direita nazista sob o patrocínio direto do imperialismo.

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