O recente homicídio praticado por um policial bolsonarista contra o tesoureiro do PT no Estado do Paraná suscitou novamente a campanha antidemocrática da burguesia pelo desarmamento da população no Brasil.
A burguesia que nunca se preocupou com a vida de nenhum petista, militante da esquerda ou da população trabalhadora no país, utilizou-se do acontecido para colocar novamente em marcha a campanha da “paz”, realizada principalmente pela Rede Globo.
Essa campanha consiste em apregoar que a violência da sociedade é decorrente do fato do povo ter ou não ter armas, um cinismo sem tamanho, já que os dados estatísticos comprovam que o maior índice de violência vem do próprio Estado, através de seus órgãos de repressão, como as PM´s brasileiras que chegam a provocar a morte de milhares de civis, sem nunca terem sido condenados por crimes penais.
O desarmamento da população brasileira, coloca o trabalhador comum em uma vulnerabilidade gigantesca diante do criminoso comum, mas muito mais diante do Estado burguês, que a fim de conter a insatisfação popular diante da crise econômica, social e política no país, utiliza-se das polícias fortemente armadas e controladas pelo Estado, como garantidor da ordem vigente, ou seja, o trabalhador sendo pisoteado para garantir os privilégios sociais e econômicos da burguesia.
Quanto à extrema direita fascista, que na sua maioria tem como base os militares do exército e polícias estaduais e municipais, continuam se armando e se organizando para impedir que os trabalhadores possam reagir diante dessa opressão estatal, de forma a impedir a sua organização e luta.
Nesse sentido, a ausência de organização de autodefesa por parte dos trabalhadores, diante do fascistas armados, poderá provocar ainda mais ataques de direitistas contra pessoas ou movimentos ligados aos interesses e reivindicações da classe trabalhadora brasileira.