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Campanha dos capitalistas

Não é uma campanha da esquerda

Esquerda foi atraida pela falta de política e o centro da campanha é feita pelo grande capital

Pululam “manifestos pela democracia”, todos em nome da “Terceira via”, organização política em que participam aqueles que fazem o culto à “anti-polarização” política, mas na realidade são os velhos abutres do regime político, os vampiros e sanguessugas. Não é uma campanha popular, não é uma campanha de esquerda, é uma campanha dos grandes capitalistas.

Esses manifestos, em seu conjunto, já reúnem cerca de 1 milhão de pessoas, e conseguiu a lamentável façanha de reunir uma “frente única” entre a Fiesp, a Febraban, a Fecomércio, ONGs imperialistas e a CUT. Sim, a CUT se alinhou aos “democratas” que derrubaram Dilma Rousseff, em um golpe de Estado que já está em sua quarta fase, justamente essa preparação realizada pela burguesia e o imperialismo. Na terceira fase do golpe, os mesmos proponentes das “cartas pela democracia” colocaram Bolsonaro no poder.

Também figuram nos “manifestos pela democracia” também perfilam “petistas, tucanos, procuradores que trabalharam na Lava-Jato, o advogado que ajudava a campanha do ex-juiz Sergio Moro, ex-ministros de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT), Dilma e Temer, empresários, economistas liberais, subprocuradores-gerais da República, membros do Ministério Público Federal (MPF), uma ex-assessora de Paulo Guedes e João Doria (PSDB), a coordenadora de programa de Simone Tebet (MDB) e uma série de outras personalidades”, informa a Gaúcha ZH.

Está claro e evidente que os manifestos, além de não terem absolutamente nada de democrático, também não tem nada de esquerda. O próprio presidente da Fiesp afirmou que o manifesto defende valores ‘de direita e de esquerda’, o que evidentemente é uma das maiores demagogias já ditas no país e revela a armadilha montada contra a esquerda e contra o povo.

Essa não é uma campanha da esquerda, é uma campanha da direita que atrai a falta total de política da esquerda, os partidos da esquerda parlamentar. Contudo, é muito visível nessa campanha que o centro de gravidade da campanha, o comando, a propaganda da campanha é todo feita pela grande burguesia brasileira e pelo imperialismo que vem intervindo sistematicamente no processo eleitoral.

Uma campanha do grande capital não é uma campanha Popular, não é uma campanha da esquerda, mas uma campanha dos grandes capitalistas. Os vários manifestos servem somente para apaziguar a consciência das pessoas que querem apoiar essa campanha. O Manifesto dos grandes capitalistas foi publicado por todos os grandes jornais brasileiros, o que deixa absolutamente claro que é uma campanha da grande burguesia, sem qualquer tipo de dúvida. Portanto, não é uma campanha do Povo, mas uma campanha dos artistas e da intelectualidade pequeno-burguesa numa “frente única” com a banca internacional.

Campanha imperialista

A campanha em curso é uma campanha do imperialismo, em particular do imperialismo norte-americano, pois os grandes capitalistas nacionais estão em campanha política franca, injetando muito dinheiro na organização de uma organização que retire do povo o protagonismo e facilite a vitória da Terceira Via, pois a “sociedade civil”, diferentemente do que está escrito nos manifestos, não existe, é uma fachada para ocultar as intenções golpistas do documento.

Enquanto artistas, intelectuais e as camadas médias “bem pensantes” pensam estar derrubando o “montro” Bolsonaro, que este dará um golpe, na realidade estão dando um cheque em branco, um voto por procuração, em favor de Simone Tebet (MDB). Um manifesto puxado por banqueiros e organizações estrangeiras, jamais poderia ser endossado pela esquerda.

Em defesa da democracia?

Setores das classes médias progressistas colocam em sua imprensa que a campanha em defesa da democracia favorece totalmente a candidatura Lula, que os capitalistas estão com o PT. Essa tese é inverossímil, pois interessa aos bancos que o país esteja entregue as finanças e na realidade, Lula representa esse freio às intenções de passeio da Febraban. A banca, no máximo, toleraria Lula novamente, tentando impor a agenda financeira acima dos interesses dos trabalhadores, por isso o manifesto pela democracia não é um manifesto de campanha por Lula, mas por Tebet. Pergunta-se: os capitalistas são contra Bolsonaro? Evidentemente que não, pois banqueiros vivem dos juros e do sangue dos trabalhadores, não estão assustados com suposto golpismo do presidente da República.

Vivendo com mais de 40% dos juros da dívida, evidentemente que os banqueiros não estão com medo de um suposto regime de força, que não virá, considerando os quatro primeiros anos de governo Bolsonaro, que, do ponto de vista de suas promessas mais duras, cumpriu muito pouco e a conta gotas, por meio de um decreto ou outro que visem cortes na educação e saúde, principalmente.

Os banqueiros, verdadeiros vampiros sociais, elegeram Bolsonaro sabendo de toda a ameaça histórica que ele aparentava. Agora, com Bolsonaro mais pacificado do ponto de vista “civilizado dos bancos” como Itaú, que apoiou e enalteceu o regime militar, por quê os bancos estariam com medo de um golpe? O mais provável é que Bolsonaro não tenha feito todo o serviço que os bancos gostariam, e não por ser suposta ameaça a “democracia”, que os bancos não representam, em absoluto.

As Santas Urnas Eletrônicas: Amém! Deus seja louvado!

Além de inócuos, os manifestos tem outra marca registrada, o culto à urnas eletrônicas. De acordo com os manifestos, a democracia só pode ser garantida pela presença das urnas eletrônicas, as mesmas urnas que foram ungidas pela Madre Victória Nuland, aquela que passeou em Kiev durante o Euromaidan, o golpe que levou os batalhões nazistas ao poder na Ucrânia, impôs o genocídio ao povo do Donbass e levou miséria e destruição na região.

Os manifestos em favor das urnas eletrônicas quase pede para o eleitor fazer um sinal da cruz ou ajoelhar antes de digitar o número, de tão onipresentes, onipotentes e abençoadas. Não tem motivo para o povo se preocupar nem com as urnas, muito menos com os banqueiros que as promovem, afinal, os bancos ajudam o povo com auxílio empréstimo consignado aos pobres que receberão 600 pilas até dezembro. Salve a PEC eleitoral!

PSDB cadeirante

Por fim, há de considerar que a campanha da Terceira Via é bastante promissora. Aproveitando-se da onda identitária já tem uma vice ideal para os seus interesses. Na cabeça da chapa, uma latifundiária, na vice, uma representante do movimento lavajatista, reciclada como recatada, que será explorada como uma representação da sociedade civil organizada. Os capitalistas são profissionais da política e a esquerda perdeu qualidade, está refém da direita.

A esquerda não pode endossar documentos que representam os interesses da banca internacional em detrimento dos trabalhadores, em favor dos mais ávidos vampiros sociais, como essa terceira via, oportunista e consciente de como desviar a atenção da esquerda. Somente o movimento de massas para superar o projeto da Terceira Via, que não parará nessas eleições, mesmo que eventualmente seja derrotada eleitoralmente, está crescendo enquanto movimento, o que levará o país a uma crise e uma ditadura ainda mais agressiva e turbinada, sob fachada “civilizada”.

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