A nova etapa do Golpe de Estado no Brasil promovida pela burguesia para conter a grave revolta social provocada pela entrega do patrimônio nacional em benefício do capital financeiro internacional será comandada pelo antidemocrático, ditatorial e antipopular Supremo Tribunal Federal (STF).
No início dos anos 2000 a burguesia procurou golpear o moderado governo de esquerda do Partido dos Trabalhadores (PT) através do Mensalão (2005), um suposto esquema de compra de deputados, os quais estão aí diariamente se vendendo e nada é feito pela justiça brasileira. O combate à corrupção só é acionado quando é para perseguir a esquerda. O STF referendou esse processo em prol dos interesses políticos da burguesia, que queria desmoralizar o PT e evitar a reeleição do presidente Lula. Mesmo com diversas manobras, não conseguiram evitar a vitória do presidente Lula, mas sangrou o seu partido e levou injustamente à cadeia diversos quadros políticos importantes como José Dirceu e José Genuíno.
No início da segunda década dos anos 2000, em 2014, o STF iria apoiar de forma cega a ilegal a corrupta Operação Lava Jato(2014), cuja consequência foi a ruína da economia nacional e suas principais empresas, além de golpear uma presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff (PT). Todas essas operações, com amplo apoio dos meios de comunicação hegemônicos, da classe média e de alguns partidos pequeno-burgueses, prepararam o terreno para favorecer a prisão do ex-presidente Lula, que era o líder nas pesquisas eleitorais em 2018 conforme os institutos de pesquisa da própria burguesia.
Diante do fracasso eleitoral dos seus candidatos a presidente, a burguesia nacional precisou se utilizar de uma ferramenta tradicional para golpear a esquerda e o avanço dos movimentos populares: o fascismo de Jair Bolsonaro.
Hoje, sem conseguir controlar o presidente fascista, a burguesia parte novamente para o campo jurídico para golpear o povo, as esquerdas e principalmente o político mais popular do país, Lula. A ferramenta autoritária será o falso combate às mentiras, as chamadas Fake News, cujo relator do inquérito processual é o Ministro Alexandre de Moraes, um típico reacionário que chegou à Corte por indicação de um presidente ilegal, Michel Temer (MDB).
Para barrar essa nova etapa da cruzada jurídica contra os direitos democráticos da população, no caso específico desse inquérito das Fake News trata-se do direito à liberdade de expressão, é preciso sair às ruas e mobilizar o povo para que a política de dissolução do STF e a eleição com mandato revogável de todos os juízes do país sejam postas em prática.
Se não travarmos essa guerra contra a ditadura do STF, desmascarando-o, veremos esse fajuto combate às Fake News criminalizar movimentos sociais, partidos e políticos de esquerda que não poderão afirmar e opinar sobre nada que vá de encontro aos interesses das elites. Será a institucionalização do “crime” de opinião. Uma simples crítica às instituições antidemocráticas e decadentes da burguesia poderá levar seu autor para as grades.
Pela defesa da liberdade de expressão e todos os direitos democráticos, às ruas com o PCO.
