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Dia 18

Inflação, aumento da gasolina: não faltam motivos para ir às ruas

Bolsonaro e a direita estão levando a miséria e a morte a milhões de brasileiros. Somente grandes mobilizações podem frear essa situação

A Petrobras aumentou o preço dos combustíveis nas refinarias a partir de ontem (12). Esse é o nono aumento no ano. Desde janeiro, os preços aumentaram 27,5%. Já nos últimos 12 meses, o aumento foi de 37%.

O consumidor agora já está pagando por volta de R$6,70 nos postos de gasolina. Nas refinarias, o preço médio da venda para as distribuidoras é de R$2,78 por litro.

“Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais; custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro; além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores”, diz a nota da Petrobras sobre o novo aumento.

A empresa ainda lembra que os aumentos sucessivos são devido à variação dos preços dos combustíveis no mercado internacional, ao qual ela está vinculada desde o golpe de 2016. Essa foi uma medida chave dos golpistas contra a soberania nacional.

Antes, pelos preços não estarem vinculados ao mercado internacional, o Estado brasileiro controlava o aumento e os consumidores recebiam um preço subsidiado. Assim, antes do golpe, por exemplo, o preço chegou a estar a metade do que temos hoje.

Hoje, quem controla os preços dos combustíveis no Brasil não é o Estado, mas sim os grandes monopólios petrolíferos e especuladores financeiros internacionais.

O aumento do preço da gasolina é um fator fundamental para elevar o preço de todos os produtos, pois a fabricação e o transporte, por exemplo, dependem do combustível. Logo, a elevação do preço da gasolina puxa toda a inflação para cima. E tudo encarece.

A cesta básica chegou, esta semana, à incrível marca de R$656,92 em Porto Alegre (RS), tendo registrado um aumento em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em junho, o açúcar refinado (7%), a manteiga (2,87%) e o leite integral (2,46%) foram os produtos da cesta básica que tiveram o maior aumento do preço. Há meses é cada vez maior o número de famílias que têm sido obrigadas a substituir itens fundamentais, mais nutritivos, por outros menos nutritivos, só porque são mais baratos. É o caso dos que substituem carne por ovo.

No mês passado, uma fila enorme dobrava esquinas em Cuiabá (MT) em busca de ossos que estavam sendo doados por um açougue. A cena é significativa e expressa o que está ocorrendo com milhões de brasileiros: o povo está desesperado e passando fome! Segundo uma pesquisa recente, quase 120 milhões de pessoas no País estão em situação de “insegurança alimentar” ─ um eufemismo para dizer que estão à beira da fome.

Além disso, o gás de cozinha alcança R$100,00 em muitos locais do País e as pessoas já o trocam por forno a lenha, voltando um século no tempo. O auxílio emergencial miserável que Bolsonaro oferece (e que não chega a quase ninguém) mal dá para comprar gás.

O salário mínimo deveria ser pelo menos cinco vezes maior do que os atuais R$1.100, segundo o próprio Dieese, que adota um cálculo um tanto conservador. Mas, somente a cesta básica, consome mais da metade do valor atual. Isso para quem tem emprego!

Os índices oficiais apontam cerca de 15% de desempregados no Brasil, mas se formos computador também os trabalhadores informais (que não sabem quanto receberão no mês), os desalentados, os desocupados etc, chegamos a mais de 80 milhões de trabalhadores em idade para trabalhar que não estão em um verdadeiro emprego. Isso é metade da força de trabalho do País.

A ditadura golpista, encabeçada por Bolsonaro, acha que isso ainda é pouco sofrimento para o povo. É preciso forçar ainda mais o chicote. Os políticos da direita acabam de aprovar a privatização dos Correios, que acabará com os direitos e o emprego de 100 mil ecetistas. Eles seguem o destino dos trabalhadores da Eletrobras.

Os servidores públicos, por sua vez, que somam cerca de 13 mil pessoas, também estão na mira da política neoliberal. A reforma administrativa é mais uma medida para enxugar o Estado, sucateando-o, devastando empregos e entregando os serviços públicos aos capitalistas.

Não há mais como esperar. Os servidores já marcaram um dia de paralisação e mobilização nacional contra tal situação. Será na próxima quarta-feira (18). As categorias dos Correios e da Eletrobras precisam se unir aos servidores. A frente Fora Bolsonaro, puxada pela iniciativa da CUT e do PCO, anunciou que o dia será também de manifestações pela derrubada do presidente fascista.

É preciso realizar uma grande mobilização em todo o País no dia 18. Chamar toda a classe operária a sair às ruas contra toda essa situação de miséria crescente. Bolsonaro e os golpistas estão devastando o País, matando o povo de fome e de doença, para que os tubarões do imperialismo melhor possam saquear nossas riquezas.

Unidade da classe operária, nas ruas, nas fábricas, nos locais de trabalho e moradia, iniciando já a discussão de uma poderosa greve geral contra todo o regime de miséria que é o golpe de Estado.

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