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Demagogia

IdentiDoria: depois de gari, Doria prepara nova personagem

O governador do estado de São Paulo, João Doria, resolveu lançar mão do identitarismo como mote de sua campanha para eleições de 2022

O governador do estado de São Paulo, João Doria, resolveu lançar mão do identitarismo como mote de sua campanha para eleições de 2022, na qual deve se apresentar como candidato a presidente, uma terceira via diante do cenário polarizado entre Lula (PT) e Bolsonaro (ex-PSL, sem partido). Para ganhar uma aparência mais popular, Doria divulgou um vídeo, em sua conta oficial no Twitter, onde aparece tocando junto a músicos negros sob a hashtag “Prévias com pagode”. Tal fato demonstra que a política identitária será utilizada para promoção justamente pelos maiores inimigos da população negra. 

Assim como o presidente Joe Biden, o candidato do PSDB pretende se eleger por meio da mesma demagogia identitária. Apesar de Kamala Harris ser uma capitã-do-mato que trabalhou para aumentar a repressão e encarceramento do povo negro dos Estados Unidos, o lançamento da chapa de presidente com uma vice negra foi suficiente para esquerda mergulhar de cabeça nessa miragem. Mesmo depois de eleito, a imprensa tem buscado impulsionar essa política como na divulgação entusiasta do Secretário de Defesa, Lloyd Austin, um negro que comandou massacres contra povos oprimidos do Oriente Médio no governo identitário de Barack Obama. 

Antigamente bastava comer um pastel na feira para tentar se passar por popular, mas o pagodeiro de calça apertada tem buscado inovar desde que se tornou prefeito da cidade de São Paulo (2016). Doria recebeu destaque na imprensa, que buscava promovê-lo, quando apareceu fantasiado de gari. O governo de Bruno Covas, que deu sequência às privatizações iniciadas por Doria, colocou o serviço municipal de limpeza urbana junto a uma dezena de outras autarquias que entrou para lista de entrega para os capitalistas. 

Da mesma forma que nunca teve qualquer comprometimento com os trabalhadores da limpeza, também não tem com os negros, apesar de buscar demonstrar intimidade com a cultura de periferia, neste caso, o samba. A polícia de Doria promoveu um verdadeiro massacre ao reprimir um baile funk na comunidade de Paraisópolis, deixando mortos nove jovens com idade de 14 a 23 anos. 

No país onde todos os anos a polícia mais sanguinária do mundo bate recordes de letalidade, em geral contra a população negra, Doria se apoiou na política de Bolsonaro. Mas não se tratou de um apoio da boca pra fora da política assassina do “bandido bom é bandido morto”, bem como do excludente de ilicitude que livra os policiais de seus crimes. Doria na prática criou uma máquina mortífera no padrão das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), o Batalhão de Ações Especiais (BAEP), com batalhões espalhados e atuantes por todo o território estadual.

Na pandemia, os dias de lockdown, verdadeiro engodo e única medida de combate ao coronavírus, serviram somente para aumentar a repressão contra a juventude nas periferias. Assim, as mortes de negros no estado de São Paulo cresceram mais que o dobro das mortes de pessoas brancas em decorrência da Covid-19. É a população negra que está sendo atirada nas ruas por conta dos despejos que aumentaram em 70%, que estão sofrendo com os cortes de energia elétrica e de água, que está desempregada e passa fome. 

Assim como o banco Itaú, maior inimigo das mulheres e dos negros, fazem na propaganda, o PSDB tem como projeto aumentar a demagogia com esses setores tendo em vista as eleições. É preciso um combate intransigente aos tucanos golpistas, em especial a João Doria, que busca se apresentar como oposição a Bolsonaro e se apoiar na Frente Ampla com partidos da esquerda anti-lulistas.

As organizações de luta do povo negro devem rechaçar essa política de confusão e defender mais empregos, auxílio de um salário, fim dos cortes de luz, água e despejos. É preciso lutar pelo fim do governo Bolsonaro e do golpe de estado, por Lula Presidente, um Congresso do Povo e um Nova Constituinte.

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