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Esquerda financeira

Esquerda ficou a reboque dos vampiros do mercado financeiro

A esquerda brasileira, por conta das eleições, ficou totalmente a reboque da política dos próprios bancos, os maiores inimigos do País e da classe trabalhadora.

Os processos eleitorais despertam nas pessoas o sentimento de “festa da democracia” e os partidos políticos eleitoreiros usam essa tendência, que vamos ser claros, é um estratagema da direita para iludir o povo a acreditar que ela de fato existe, mesmo que o raciocínio prove o contrário.

A igualdade de todos perante a lei nunca existiu de fato. Basta olhar para os presídios e verificar que não tem colarinhos brancos lá, só pobres, negros e trabalhadores.

A liberdade segue no mesmo caminho. As escolhas que fazemos está condicionada ao padrão social imposto pelo processo de educação, pelo padrão de consumo que a imprensa capitalista impõe cotidianamente por propaganda das mercadorias, dos valores, pela noção de certo ou errado, de justo e injusto, de bem ou mal nas televisões, rádios, jornais e revistas que são de propriedade de pequeno grupo social fortemente aliados à alta burguesia. Isso já expressa a falta de liberdade onde apenas a burguesia tem canais para expressar o que quiser, os trabalhadores não têm acesso a esses meios de comunicação.

O direito à propriedade também é limitado à quantidade de dinheiro que temos no bolso. E como sabemos, estar empregado depende de que as empresas capitalistas ofereçam vagas para trabalhar, caso contrário estaremos desempregados e sem dinheiro no bolso para comprar até mesmo comida para nos mantermos vivos. O preço do salário também é determinado pelas mesmas empresas. 

Como sabemos, o dinheiro compra tudo, a liberdade, a justiça e a consciência dos trabalhadores, que a vendem para conseguir sobreviver ou ter uma vantagem maior em relação aos demais trabalhadores.

Nesse sentido os partidos de esquerda tem como dever de ofício esclarecer os trabalhadores das feitiçarias que a classe opressora e imperialista usa para os manter na ignorância e aceitando como uma coisa divina o fato de uns terem tudo e outros não terem nem mesmo o mínimo para sobreviver. 

Ninguém é melhor que ninguém, o fato é que as condições de vida são determinadas pela distribuição da renda no país, através da política nos parlamentos e em todo estado que é amplamente controlado pelos empresários, burgueses e imperialistas. Quem parte e reparte fica com a melhor parte, diz o ditado popular.

Os partidos de esquerda ao invés de esclarecer as dúvidas, tirar a névoa que a burguesia coloca nos olhos dos trabalhadores, tem atuado em sentido contrário, ajudando a burguesia engrossando a névoa nos olhos deles. Com isso atrapalham a aquisição da consciência de classe que adquirem através dos embates de classe no dia a dia. Jogam água no moinho da direita, da burguesia.

Exatamente como ressaltado pelo companheiro Rui Costa Pimenta no programa Análise Política da Semana desse sábado, onde relembrou posicionamentos controversos da esquerda diante de vários acontecimentos políticos.

A censura que está sendo imposta pelo imperialismo bloqueando canais nas redes sociais, que atingiu Donald Trump,  a Rússia e Bielorússia, o Monark, e mais recentemente os canais do PCO, demonstram a gravidade da situação que a alta burguesia está impondo na luta de classes.

Claramente querem calar toda voz que denuncia as ações e suas políticas nefastas contra os trabalhadores em todo o planeta. No Brasil sequer podemos expressar nada que seja crítico ao processo eleitoral, do presente e do passado. Vão proibir as publicações críticas que já ocorreram desde a 1ª república? Não duvidamos.

Nas eleições passadas nos EUA essa esquerda defendeu a eleição de Biden alegando que o Trump seria um grande mal para a humanidade. O PCO corretamente alertou que o Biden foi vice de Barack Obama que apoiou a invasão do Iraque, Síria e Líbia por exemplo, ao passo que o Trump não tinha até então nenhuma ação concreta bélica e apesar de ser milionário não demonstrava ser o representante escolhido pelo imperialismo.

Também no caso onde o Talibã expulsou vergonhosamente o imperialismo estadunidense do Afeganistão. A esquerda alegou que o Talibã é uma organização antidemocrática, ditatorial e contrário aos direitos das mulheres, mas não levaram em conta que se tratava de acabar com a dominação imperialista dentro do território afegão, roubando suas riquezas e impondo uma grande produção de ópio para exportação, pois não é consumida internamente. Assim ficaram ao lado do imperialismo e contra a autodeterminação do povo afegão.

No caso da ação militar da Rússia na Ucrânia, não houve declaração de guerra de nenhum dos lados. A esquerda até mesmo participou de campanha “humanitária” a favor da Ucrânia, quando é de conhecimento público mundial que o atual governo é intimamente ligado ao nazifascismo e em constantes bombardeios à região de Lugansk e Donetsk. 

Essa região após o golpe de estado em 2014 declarou sua independência e luta por ela desde então. A Rússia reconheceu sua independência e está ajudando a combater o nazismo nessas novas repúblicas. Além do que a Ucrânia, aliada com a Otan, continuou desrespeitando o tratado de Minsk bombardeando a região, querendo por a Rússia de joelhos, coisa que o povo e o governo russo não aceitam em hipótese nenhuma.

E ainda, toda a cultura russa está ameaçada de continuar a existir pela Otan, EUA, Inglaterra e UE. Isso não leva em conta essa análise e se posicionam a favor do imperialismo, e portanto, contra a Rússia, um demônio segundo a imprensa golpista imperialista. Não olha para a realidade essa esquerda?

Essa “nova esquerda” defende a autodeterminação do imperialismo mas não a dos países dominados economicamente e até militarmente pelo imperialismo. Esses países são os que chegaram atrasados ao desenvolvimento capitalista e os monopólios não permitem que possam continuar seus processos de desenvolvimento, pois controlam toda a produção e comércio no planeta. É contra esse imperialismo que os trabalhadores estão lutando há séculos e estamos perto de assistir a derrota final do capitalismo imperialista e o triunfo dos trabalhadores.

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