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Defendendo o imperialismo

Esquerda brasileira contra a independência do Afeganistão

O Afeganistão é um problema que diz respeito exclusivamente ao povo afegão e nenhuma potência estrangeira pode se intrometer em seus assuntos internos

O direito à autodeterminação dos povos é um direito democrático da época das revoluções burguesas. Os países capitalistas atrasados são dominados pelo imperialismo e sua independência nacional é quase uma ficção, pois estão submetidos ao controle de potências estrangeiras. Reivindicações centrais destes países são soberania e independência nacionais.

O avanço que representou para a humanidade a expulsão das tropas de ocupação dos Estados Unidos do Afeganistão pela guerrilha Talibã, um episódio histórico estratégico e de grande importância, foi questionado por setores da esquerda brasileira. A alegação da esquerda para questionar a vitória do Talibã e, portanto, de todos os povos atrasados e oprimidos, é a questão da opressão das mulheres. É como se os Estados Unidos fossem os paladinos dos direitos das mulheres no Afeganistão e no mundo, perspectiva que não resiste nem à mais superficial análise.

O fato é que ninguém tem o direito de se meter nas questões nacionais do Afeganistão. O imperialismo apresenta pretextos para justificar suas intervenções nos países atrasados. No caso em tela, a justificativa apresentada pela imprensa capitalista – à serviço do Departamento de Estado, da CIA, do NSA – foi a guerra contra o terrorismo e a caça de Osama Bin Laden. Contudo, uma intervenção do imperialismo sempre significa a imposição de uma ditadura sobre o povo, cassação de direitos democráticos, saque das riquezas nacionais, destruição da infraestrutura e deterioração profunda das condições de vida da população. Não existe intervenção imperialista humanitária a favor dos direitos humanos e das minorias, por mais que elas tentem se apresentar assim.

O Afeganistão é um problema que diz respeito exclusivamente ao povo afegão e ninguém pode se intrometer em seus assuntos internos. Se há problemas no regime do Talibã, a luta política que se desenvolve na sociedade afegã é que vai resolvê-los. O mesmo vale para todos os países atrasados do mundo que vivem sob perigo de intervenção, como Venezuela, Cuba, Irã, China e Brasil.

A esquerda brasileira revelou sua submissão ao imperialismo na questão do Afeganistão. O Talibã é uma força política e social afegã, com grande apoio popular. O imperialismo, pelo contrário, é o pior inimigo de todos os oprimidos e explorados do mundo. Não foi o Talibã que invadiu os Estados Unidos, e sim estes últimos que invadiram o país da Ásia Central.

A submissão e adaptação da esquerda ao imperialismo evidencia sua completa falência. Esta é incapaz de lutar por um programa de independência de classe ou por um programa verdadeiramente democrático. O identitarismo, por sua vez, é um recurso ideológico do imperialismo que foi introduzido no interior dos partidos de esquerda. A distorção é tamanha que a esquerda desorientada é capaz de apoiar um país imperialista que invadiu um país atrasado.

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