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Crime de lesa-pátria

Entrega da Eletrobrás: mais um crime contra o Brasil

O grande capital só vive de parasitar e transferir renda das economias de outros países que trata como verdadeiras colônias.

A privatização da Eletrobrás, se ocorrer, será um verdadeiro crime de lesa-pátria. Primeiro porque irá entregar um patrimônio incalculável para o capital estrangeiro imperialista de graça; e segundo porque coloca o país de joelhos diante do imperialismo, correndo o risco de apagões que prejudicam todo o sistema produtivo, comércio e residências.

Todos os países do mundo param sem energia elétrica, bancos, postos de gasolina, supermercados, comércios, internet, banhos quentes, rádio, televisão, computador, celulares, etc. Imaginem viver todos os dias sem energia elétrica, o caos que seria? As empresas estrangeiras não estão em nada preocupadas com o fato de o brasileiro ficar sem eletricidade, para eles o que importa são os lucros, e quando muito se importam com o bem estar da população dos países deles.

A Associação de Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras (Aesel) e a Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) anunciaram nesta semana que o valor de mercado da Eletrobras é no mínimo R$ 400 bilhões.

O governo prevê uma arrecadação de R$67 bilhões com a privatização, o Tribunal de Contas da União (TCU) diz que o governo subestimou o valor ao não considerar o potencial total de empreendimentos e atribui o valor de R$130 bilhões, aprovando o processo de privatização e condicionando o início do processo após o governo fazer a análise do modelo de privatização proposto, o de pulverização das ações da empresa no mercado, conforme matéria do portal Jornal dos Concursos.

Pelos preços atribuídos à empresa, tanto pelo TCU como pelo governo, notamos que estamos diante de outra doação do patrimônio dos brasileiros ao capital estrangeiro imperialista, um outro verdadeiro crime de lesa-pátria contra o povo e os trabalhadores brasileiros, já que os agentes do governos certamente receberão algo por fazer uma negociata dessa monta. O povo é quem sempre paga a conta das artimanhas do imperialismo.

A justificativa para a privatização é sempre a mesma, de fazer o país crescer, reduzir os preços, modernizar, e desde 1980 quando o neoliberalismo se instalou com os governos de FHC e começaram as famigeradas privatizações, nada disso ocorreu. Os preços dos serviços aumentaram, houve demissões em massa e o país passou a ter uma espiral crescente de empobrecimento e desindustrialização, perdemos cerca de 30% do parque industrial e os salários em constante queda de valor.

Se for privatizada, além de perder uma empresa gigantesca e de valor incalculável, composta por Itaipu Binacional, Chesf, Eletropar, Eletrosul, Furnas, Eletronorte, Eletronuclear e Centro de Pesquisas Eletrobras Cepel, ainda ficaremos dependentes de energia fornecida por empresa estrangeira, não comprometida com o desenvolvimento nacional, até mesmo atuando a favor do imperialismo e contra o Brasil.

Os preços subirão ainda mais do já subiram, e não só no Brasil, graças à Itaipu que fornece energia para outros países na América do Sul, os preços subirão nesses países também. Elevando a inflação já alta ainda mais, prejudicando o desenvolvimento econômico em todo o continente, além do que já está comprometido pelas crises da economia e pandemia.

Tem ainda o problema de que parte grande do lucro, gerado internamente, por trabalhadores, máquinas em território nacional, vai ser enviado para fora do país. Parte da riqueza gerada aqui será enviada para fora, transferindo o capital e empobrecendo ainda mais nosso país, prejudicando nosso desenvolvimento.

O faturamento anual da Eletrobras é cerca de R$ 50 bilhões, quase o valor que o governo quer receber por ela, R$ 67 bilhões. Por todas as empresas relacionadas acima, em apenas um ano de faturamento pagam tudo, se tanto. É de graça mesmo.

O lucro líquido dos últimos quatro anos foi de R$ 37,7 bilhões, quase 10 bilhões por ano. Boa parte dele vai para o estrangeiro e não será investido no nosso desenvolvimento.

Precisamos lembrar sempre que o Brasil já foi pobre, quando chegamos a estar entre as 10 maiores economias do planeta, deixamos essa condição. Hoje somos um país rico, ao contrário do que diz a imprensa oficial, imperialista e portanto contra o Brasil, apenas a distribuição da riqueza é que é feita de maneira muito desigual. 10% da população mais rica fica com cerca de 80% da renda, enquanto a maioria da população mal consegue sobreviver. E nosso PIB anual foi estimado em 8,7 trilhões de reais em 2021 e a quase totalidade ficou em poder dos milionários.

Além disso, o mercado brasileiro é um dos maiores do mundo, superior à maioria dos países europeus com população bem inferior à do Brasil, hoje em 210 milhões de consumidores. Se a renda fosse distribuída com menos desigualdade, teríamos um padrão de consumo muito maior que o que temos hoje. 

O parque siderúrgico privatizado nos governos FHC era um dos maiores do mundo, ainda é, mas as montadoras, por exemplo, são todas multinacionais, com a frota considerada uma das maiores do mundo, se beneficiando do aço barato produzido internamente.

É assim que o imperialismo age, retirando a renda dos países de desenvolvimento atrasado, que não completaram todas as etapas do desenvolvimento industrial, e transferindo para os países industrializados monopolistas e imperialistas.

Ao comprar as empresas públicas dos países eles se apropriam da riqueza produzida por remessas de lucro, pelo recebimento da utilização das patentes tecnológicas importadas, e também de forma ilegal com o subfaturamento das exportações e superfaturamento das importações, tudo forma de transferir o capital para os países sede do imperialismo.

Para impedir essa e outras privatizações, que trazem enorme prejuízos ao Brasil, só mesmo com enormes manifestações sociais nas ruas, com os sindicatos e centrais sindicais organizando os trabalhadores e todo o povo, num gigantesco não às privatizações e pelo cancelamento sem custos para o estado brasileiro, pois todas foram produto de fraudes e crimes de lesa-pátria contra o Brasil. Essa deve ser uma pauta para os programas de governo de toda a esquerda.

Esperar que o judiciário possa se sensibilizar e não aprovar as privatizações é pura ilusão, não fizeram isso em nenhum momento, várias empresas foram entregues com o aval do judiciário e principalmente do Supremo Tribunal Federal. Todos estão de acordo com as ações imperialistas contra o Brasil. Por isso o único caminho é as ruas. Temos que sair e ganhar as ruas contra toda essa entrega do Brasil ao capital estrangeiro imperialista. Se não o fizermos, a fome e a miséria atingirão níveis jamais vistos na história desse país.

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