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Suicídios na aldeia

Enquanto uns lutam contra fantasmas, índios são exterminados

Enquanto massacre ocorre no campo, esquerda brinca de estátua

Ao longo do ano de 2020, nada menos que 101 índios teriam se suicidado, de acordo com o Relatório de Violência contra os Povos Indígenas. O relatório ainda será divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), mas já teve seus dados revelados pelo portal Rondônia Já. Os Estados que lideram os números macabros são o Amazonas, com 39 casos, o Mato Grosso do Sul, com 32 casos, e Roraima, com 10 suicídios registrados.

Uma onda de suicídios é sempre a expressão de um grave problema social. No caso dos índios, de norte a sul, o problema é evidente: as condições em que vivem são de uma miséria absoluta. Cada vez mais acuados pelo latifúndio e por seus jagunços, os índios não têm qualquer perspectiva de vida: habitam terras inférteis, onde até mesmo a água é escassa, são perseguidos como animais e não possuem qualquer ajuda do Estado para enfrentar as adversidades. Segundo relatos, os casos de usuários de drogas nas aldeias indígenas têm crescido no último período, o que é mais uma demonstração da falta de perspectiva dos índios em um país como o Brasil.

O suicídio dos índios complementa um quadro tão macabro quanto: os assassinatos e invasões às aldeias só aumentam e, neste momento, a direita procura tornar clandestinas centenas e centenas de terras indígenas, graças a uma manobra apoiada pelos latifundiários. Desde o golpe, a situação no campo, tanto para os índios quanto para os sem terra, piorou bastante. Com o governo Bolsonaro, que é um governo de extrema-direita, os jagunços receberam carta branca para realizar um verdadeiro massacre.

Mas engana-se quem pensa que o massacre dos índios é obra somente dos bolsonaristas. A polícia, controlada pelos governos estaduais, é a primeira a apoiar as investidas contra os índios. Quando não atua diretamente na linha de frente, abrindo fogo contra os explorados do campo, finge que não vê a covardia dos grileiros e latifundiários. E os governos, por sua vez, são todos eles reféns dos donos de terras.

Essa é a verdadeira situação do índio brasileiro. Uma situação que exige uma reação muito enérgica: a organização de todos os explorados do campo para a autodefesa. Para barrar o avanço da extrema-direita, é preciso enfrentar a direita por todos os meios necessários. Neste sentido, para que a luta do sem terra e do indígena se desenvolva, é fundamental o direito ao armamento. Ao mesmo tempo, é preciso preparar uma verdadeira revolução no campo, que seria a reforma agrária com a expropriação do latifúndio.

Essa luta concreta, que responde a problemas concretos do índio, vem sendo completamente ignorada pela esquerda pequeno-burguesa. De tão integrada ao regime, mostra-se incapaz de levantar uma palavra de ordem que seja em defesa daqueles que estão sendo massacrados.

Para esconder seu peleguismo, no entanto, os parlamentares e universitários da esquerda pequeno-burguesa inventaram uma nova forma de “luta”: a “luta” contra fantasmas. Em vez de lutar contra a polícia, os jagunços e o latifúndio, ergue-se contra estátuas, palavras e “memórias”. Estão, conscientes ou não, contribuindo para que a direita avance e continue massacrando todos os oprimidos.

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