Nesse domingo, nos diretórios municipais do PT em todo o País, aconteceu o lançamento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República. Em várias cidades, militantes do PT, do PCO, da CUT, sindicatos e dos movimentos populares participaram dos atos.
A iniciativa do lançamento da candidatura foi do próprio ex-presidente e tem um objetivo importante que é travar a luta contra as tentativas dentro da própria esquerda, inclusive de setores direitistas do PT, de apoiar uma candidatura “alternativa” que seria um plano B, como por exemplo, o apoio a Ciro Gomes (PDT), candidato representante de setores golpistas como o vice-presidente da FIESP, Benjamin Steinbruch.
Lula, o candidato mais popular das eleições, principal líder da esquerda no País, é um preso político do golpe de Estado. Ele é o fator essencial da crise do regime político brasileiro pois representa toda a oposição aos golpistas, que nesse momento está no ápice. A impopularidade do governo golpista, e por consequência das medidas que os golpistas querem impor ao País, fica clara com a greve dos caminhoneiros.
A candidatura de Lula deve estar a serviço da luta contra o golpe, de uma enorme mobilização nas ruas contra os golpistas. É preciso defender a candidatura de Lula até o fim. Se os golpistas impedirem, cometendo mais uma ilegalidade, que ele seja candidato, eles terão que enfrentar os milhões de brasileiros que votam em Lula, o que aprofundará a crise do golpe. Por isso, é preciso desde já levantar a palavra de ordem de “eleição sem Lula é fraude”. Qualquer outra política, o plano B, ou o apoio a outro candidato é uma capitulação vergonhosa diante dos golpistas que estão destruindo o País.
É preciso organizar a campanha nas ruas, pela liberdade de Lula e pelo seu direito de ser candidato. Organizar os comitês de luta contra o golpe, pela liberdade de Lula em todo o País e mobilizar para a Conferência aberta de Luta contra o golpe, que vai acontecer nos dias 21 e 22 de julho.