Não há qualquer impedimento para mudar a política de preços da Petrobrás, disse o presidente do país, enquanto que o pré-candidato ao cargo nas próximas eleições, Luiz Inácio Lula da Silva, se refere às consequências da atual política de preços dos combustíveis.
Diz com toda a razão que os preços abusivos dos combustíveis estão levando a preços igualmente abusivos dos alimentos e de todos os produtos, causando efeitos nefastos em toda a economia com essa inflação draconiana que surgiu pela política econômica neoliberal e piorada pela política de preços da Petrobras.
É igualmente pior porque é difícil acreditar que os números oficiais da inflação não estão subnotificados, como ocorrem com os números de mortes e contaminação pelo Covid, no país e em todo o mundo.
Quem faz compras regularmente nos supermercados pode facilmente notar. Os indicadores da inflação de alguns produtos isolados apresentam números bastante superiores ao próprio índice, fornecendo a pista para concluir que estão subnotificados. Afinal ninguém gosta de noticiar fatos ruins.
Não se sabe se a política de rapina dos preços dos combustíveis são para gerar lucros abusivos aos investidores e acionistas estrangeiros da Petrobrás ou se servem para esconder o fato que a política neoliberal, que favorece o capital estrangeiro monopolista, gera inflação, desemprego, subemprego e com isso transfere a renda dos trabalhadores para o capital. Nas duas situações quem ganha é o capital à custa da fome e miséria dos trabalhadores, como sempre ocorre no sistema capitalista.
Se não há motivos para não mudar a política de preços porque o governo não muda? Por imposição do capital imperialista, que optou pelo neoliberalismo para surrupiar os salários, já que o sistema não consegue mais manter o nível de ganhos dos capitalistas, por encontrar-se em franco declínio como sistema de produção, às vésperas do seu banimento total para ser substituído por outro, o que será originário da classe trabalhadora e que já demonstrou ser mais eficiente que o capitalismo.
É preciso avançar na luta por uma política mais radical de preços que torne os combustíveis acessíveis à maior parte da população, diminuindo assim a influência nefasta nos preços dos alimentos e produtos de consumo da população.
Dado o tamanho da crise do sistema, isso só será possível com a estatização da Petrobras, evitando a influência dos monopólios estrangeiros nos preços internos do petróleo. Não há motivo algum para utilizar o PPI (Paridade de Preços Internacionais) como padrão de preços do petróleo, já que produzimos e refinamos internamente praticamente todo o petróleo que consumimos.
Sendo assim, fica claro que a PPI foi introduzida para aumentar os lucros da Petrobras e enviá-los aos acionistas estrangeiros. Uma forma de enviar as riquezas nacionais para os monopólios imperialistas, transferindo a renda que seria utilizada para gerar empregos, aumentar os salários e benefícios sociais no país, para o imperialismo.
Se o petróleo é nosso, a riqueza que ele gera deve ficar aqui conosco e não ser enviado para os parasitas imperialistas, com as manipulações espúrias das ações da empresa na Bolsa de Valores de NY. Chega de entregar o patrimônio brasileiro para estrangeiros imperialistas como o Tio Sam e os Europeus! Por isso lutamos pelo petróleo e a Petrobrás 100% nacional, dos brasileiros.