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Estado de sítio

Diante da crise do vírus governos preparam uma nova ditadura

Sob pretexto de combate ao coronavírus, a direita está impondo uma série de medidas repressivas contra a população prevendo um endurecimento do regime político.

A crise causada pela pandemia de coronavírus no Brasil começou a tomar dimensões que assustam os trabalhadores e a burguesia nacional. Diante da inoperância do Estado e da política da direita de destruir os serviços públicos, em especial o Sistema Único de Saúde (SUS), e de cortes de recursos a única política apresentada pela direita é a quarentena.

Observando que a situação da maior parte da população brasileira que não tem as mínimas condições de ficar em quarentena e está sendo forçada, seja pelos patrões ou pela falta de recursos, a saírem as ruas, a direita aplica somente medidas de maior repressão.

Os governos de direita estão se aproveitando deste momento de desespero e de fuga da esquerda para colocar em prática medidas cada vez mais duras e na preparação para o endurecimento do regime.

Há diversos exemplos dessas medidas que tem que ser denunciadas e o pior dos casos ocorre em São Paulo, com o fascista João Doria (PSDB). Doria anunciou, ou podemos levar como uma ameaça, que podem levar a prisão pessoas que não cumpram a quarentena.

“Se nós não elevarmos para mais de 60% na próxima semana, a prefeitura [da capital] e o governo tomarão medidas mais rígidas. Eu queria evitar isso porque medidas mais rígidas significam que as pessoas poderão receber não só multa, advertência, mas também voz de prisão”, disse Joao Doria em entrevista ao SP2.

Mas as medidas vão ainda mais longe. Doria pretende monitorar a população através da localização dos telefones celulares (ou smartphones) da população com um acordo entre as principais operadoras de telefonia do estado de São Paulo.

No Rio de Janeiro, decreto publicado pelo governador fascista Wilson Witzel (PSL), autorizou que policiais militantes prendam pessoas para garantir a implantação da quarentena e a medida se encontra em vigor desde o dia 20 de março,

Em Santa Catarina, governada pelo bolsonarista e comandante da Polícia Militar Carlos Moisés (PSL), vive também em algo similar a um Estado de Sítio. Através de medidas similares a de João Doria, a PM catarinense monitora cerca de um milhão e meio de catarinenses e através dessa tecnologia a PM consegue saber quais pessoas ficam por mais de três horas fora de casa e fica o registro.

Em Recife, capital de Pernambuco, a polícia militar começou a realizar o monitoramento através de drones que identificam aglomerações, enviam sinal para a PM e iniciam sinais sonoros para dispersar as pessoas. A medida é tão absurda que o drone possui um sensor de calor que identifica pessoas e a aglomeração e vai até o local.

A cidade de Utinga, na região da Chapada Diamantina na Bahia, governada pelo bolsonarista Joyuson Vieira (PSL), também está utilizando os drones para forçar a população a ficar em quarentena, mesmo sem as condições necessárias.

Ainda há dezenas de casos e relatos de perseguições de policiais militares contra pessoas que andam nas ruas, correm nas praias, surfistas, ambulantes e transeuntes que “quebram” a quarentena e até são presos sem representar risco algum. Poderiam citar aqui exemplos e mais exemplos que ocorrem em todo o país de governos estimulados pela burguesia e pela extrema direita.

Essas medidas, com justificativas louváveis para “salvar” vidas, não passa de demagogia para atacar ainda mais a população que vai se levantar contra o descaso na pandemia e a crise econômica. Tanto é assim que governos da direita nunca estiveram preocupados com a população pobre e um bom exemplo é o governador de extrema direita João Doria, que faz exatamente o discurso de salvar vidas e para o bem da população, mas suas medidas são totalmente o contrário. É responsável por cortes nos serviços públicos, recentemente seu sucessor na prefeitura, Covas Neto, fechou unidades do Atende, um serviço para dar assistência a população de rua da região da cracolândia em São Paulo e jogou os moradores de rua em ônibus superlotados para jogá-los em outra região.

Nesta quinta-feira, a justiça teve que tomar medidas extremas e obrigar Doria e Covas pagarem compensação por merenda para os estudantes da rede pública, pois estes se posicionavam totalmente contrários.

Fica evidente que a direta não liga minimamente para a população. Como não fez absolutamente nada até o momento contra o coronavírus e deixou para pensar no problema quando a crise já estava estabelecida, a única medida é mandar o povo para casa em quarentena e evitar uma explosão social que todos sabem que vai acontecer devido as condições precárias da população.

A direita está utilizando o pretexto do combate ao coronavírus para colocar mais repressão contra a população, maior controle e monitoramento das pessoas visando um possível fechamento do regime.

Neste momento, o Estado tem que tomar medidas de conscientização e uma enorme campanha para que as pessoas fiquem em suas casas, mas não é somente isso. Não faz sentido colocar as pessoas em quarentena se não há as condições para isso. O Estado deve fazer pesados investimentos para garantir renda, alimento e saúde para a população, e isso somente será garantido com a mobilização e organização da população.

É preciso combater a ideia de mais repressão contra a população através de quarentenas que se transformam em um estado de sítio.

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