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Cinismo da imprensa golpista

“Democrática” e “antifascista”, Folha minimiza nazismo na Ucrânia

A posição do jornal em defesa do imperialismo e dos nazistas na Ucrânia apenas revela qual é sua real política

Porta-voz da burguesia brasileira e do imperialismo, o jornal Folha de S.Paulo não se conteve de forma discreta com sua hipocrisia, fascismo e defesa do imperialismo e extravasou de forma explícita essas suas características ao sair com duas matérias assinadas em defesa da Ucrânia, mas minimizando o nazismo criminoso em ascensão no país europeu. Com artigos intitulados “Chamar Putin e Ucrânia de nazistas é erro nocivo que não explica a guerra” e “Células neonazistas na Ucrânia estão longe do tamanho descrito por Putin”, o jornal declara seu apoio ao imperialismo, ignora o nazismo na Ucrânia e ataca a Rússia na sua guerra de defesa, uma guerra anti-imperialista.

Se há um mês esse jornal e boa parte da imprensa burguesa lincharam um youtuber (Bruno Aiub, o Monark) que apenas deu uma opinião sobre a liberdade de se criar partidos políticos, inclusive um nazista, agora todos esses falso moralistas e ridículos a serviço da política criminosa dos Estados Unidos pelo globo saem cinicamente em defesa de um país governado por nazistas, que em 2014 carbonizaram mais de 40 pessoas ao invadirem um sindicato em Odessa, numa chacina que ficou conhecida como Massacre de Odessa.

A Folha de S.Paulo, que hoje quer se portar como “democrática” e “civilizada”, parabenizou a ascensão do nazismo na Alemanha dos anos 30, apoiou os golpes contra Getúlio Vargas em 1945 e 1954, apoiou também as investidas golpistas contra os governos progressistas de Juscelino Kubitschek e João Goulart até o derradeiro golpe de 1964, que lançou o país num sangrento regime militar por 21 anos.

Após a redemocratização do Brasil em 1985, os mesmos golpistas que apoiaram o golpe de 64 continuaram usando a Folha como porta-voz dos ataques contra os movimentos e partidos populares. Em 1989, a Folha apoiou a aberração política chamada Fernando Collor de Melo, depois Fernando Henrique (que entregou grande parte do patrimônio nacional ao capital financeiro internacional) e tentou diversas vezes impedir a chegada de Lula ao poder. Em 2016, apoiou o golpe contra Dilma Rousseff (PT), assim como prisão ilegal de Lula e a eleição manipulada de Jair Bolsonaro.

Agora, com a ascensão da extrema-direita pelo mundo, continua disferindo todos os seus recursos baixos contra Lula – único candidato capaz de derrotar o golpe e o fascista do Bolsonaro –  e serve caninamente ao imperialismo ao ficar do lado de nazistas da Ucrânia, um laboratório de criminosos treinados pelo império dos monopólios para difundir pelo mundo essa política violenta contra qualquer tipo de organização e evolução política da classe trabalhadora.

Sem analisar os crimes cometidos pelos nazistas da Ucrânia que desde 2014, ao derrubar o presidente democraticamente eleito Viktor Yanukovich, vêm praticando crimes, a Folha de S. Paulo defende a ideia segundo a qual “o líder russo (Vladimir Putin) tenta mobilizar população com fantasma do nazismo, mas especialistas alegam que não há extremismo no Estado ucraniano”.

Embora assinados por historiadores ditos especialistas nos assuntos, a fim de querer fazer convencer com argumentos anacrônicos, fora da realidade, pois todos sabemos que, guardadas as devidas proporções, o que brota hoje na Ucrânia é um nazismo herdeiro do que ocorrera na Alemanha, os artigos não convencem nenhum aluno do ensino fundamental.

Utilizando o argumento do historiador Michel Gherman, que é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, segundo o qual “Putin usa uma perspectiva de Stálin, que via o nazismo de maneira específica: como algo que quer destruir a União Soviética (e, agora, a Rússia)”, o jornal embarca nessa desonestidade intelectual, pois tanto naquela época como hoje o fascismo é uma arma da burguesia imperialista contra a classe operária e os povos oprimidos (incluindo aí a Rússia). Putin, embora seja um político conservador, faz apenas a defesa de seu povo e território (novamente, oprimidos pelo imperialismo), não lhe passa pela cabeça reerguer a extinta União Soviética ou um império típico do século XIX. Afirmar isso é distorcer o cenário histórico no qual a Rússia está inserida.

O professor continua seus ataques a Putin ao dizer que o discurso do líder russo é um discurso de extrema-direita. “É uma narrativa stalinista, antileninista e russocêntrica”. Ou seja, denunciar o nazismo seria algo, pasmem, reacionário!, mesmo que o nazismo seja o símbolo maior da reação capitalista. E mais: um país oprimido como a Rússia, que está sendo tratado como um pária internacional pelo imperialismo, estaria sendo “russocentrista” ao denunciar o nazismo na Ucrânia. Logo, está errado quem busca denunciar e combater o nazismo! Eis a lógica verdadeiramente reacionária e pró-nazista da “democrática” e “antifascista” Folha.

Putin e seu país estão sendo é provocados há décadas e isso chegou ao limite, não lhes restando outra saída senão intervir e desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia, defender as repúblicas da região de Donbass, cuja população é constantemente atacada, e encarar o imperialismo decadente com coragem como está fazendo nessa guerra.

Foi descoberto que o imperialismo, através da OTAN e de organismos como o NED, estava treinando nazistas e apoiando a criação de armas químicas, mas nada disso é analisado nos artigos encomendados aos historiadores da Folha, que apenas tergiversam sobre fatos e teorias da história, além de praticar um identitarismo nefasto em defesa do nazismo e das potências imperialistas, que querem destruir a Rússia e outros países que queiram assegurar sua soberania pelo mundo.

URGENTE: NED organizou e financiou a guerra no Donbass

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