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Barrar destruição do movimento

Cria corvos que te arrancarão os olhos

Setores da esquerda ao ceder para a direita em nome de interesses eleitorais e não os interesses do povo ameaçam o movimento que luta também contra esta direita que é sua inimiga

 

Não é de hoje que determinados setores das direções da esquerda buscam a todo custo estar em “paz” com a burguesia, sobretudo a esquerda que tem uma atuação quase que puramente institucional e parlamentar uma vez que o aparato que mantém essas instituições é controlado pela burguesia e para conviver em paz dentro destas instituições é preciso, naturalmente, manter acordos com os donos do jogo.

Tal conduta carreirista dentro da esquerda por si só já é reprovável, uma vez que é contrária aos interesses das massas que nunca se beneficiam destes acordos com a burguesia, mesmo porque são feitos para beneficiar indivíduos e o único benefício de classe que trazem é à própria burguesia; o patrão que consegue um acordo em um processo trabalhista, não importam os termos, sempre sairá ganhando em detrimento do trabalhador.

O que se vê no entanto nos últimos períodos por parte destes setores é uma defesa feroz da burguesia que mantém suas carreiras. Passou-se da “paz” com a direita para a “guerra” contra quem se coloca contra esta direita, ou seja, contra os setores combativos, contra as massas, as mobilizações e o movimento popular em geral.

No meio de sua defesa desenfreada daqueles que são na verdade os inimigos do povo, as direções atrasadas da esquerda ficam atrás das suas próprias bases que estão se radicalizando e criando cada vez mais consciência da luta política em curso.

Isto revela dentre outras coisas como estas direção se afastam de suas bases na medida em que se agarram não à luta popular mas sim às suas carreiras nas instituições burguesas que as controlam; e como o caráter reacionário e contrarrevolucionário desta política evidencia a fragilidade em que se encontram as instituições e a direita que tenta sobreviver à revelia da vontade dos trabalhadores que já não querem mais “acordos com o patrão”.

Ao ignorar isto, estes setores se agarram a um barco em naufrágio e afundam junto com a direita; o problema no entanto é que a esquerda pequeno-burguesa é completamente alheia à vontade das massas. Ao tentar salvar suas próprias carreiras e cargos, da forma direitista e escandalosa que isto está se dando, ameaçam todo o movimento sobretudo com a política suicida de infiltrar a direita no movimento que é do povo e que nunca poderá ser também da direita, uma vez que luta essencialmente também contra ela, que é inimiga dos trabalhadores, da juventude, dos negros, das mulheres, etc.

Colocar a direita dentro da luta é dar armas para que a burguesia destrua o movimento, o que inclusive claramente é o objetivo desta; é implantar um cavalo de Tróia na luta do povo, e que até agora não destruiu as mobilizações devido aos setores mais conscientes e também à disposição das massas cada vez mais revolucionárias e conscientes que está rejeitando as manobras oportunistas. 

Por outro lado, a esquerda confusa reage a esta resistência popular com mais e mais manobras, adquire um caráter cada vez mais antidemocrático nas suas ações, desde censura, expulsões, apoio à PM, etc. Isto tudo porque só pode mesmo acreditar na direita para salvar a ”ordem”, as instituições, enquanto não tem confiança nas massas que podem derrubar não só o governo Bolsonaro, mas a burguesia de conjunto, confrontando assim as instituições burguesas e as barganhas carreiristas.

Esta esquerda esquece no entanto que sempre que necessário a direita dá rasteiras na esquerda que confia demais e cai de cara no chão ao acreditar que a direita está do seu lado. A direita, a burguesia, diferente das pequena-burguesia confusa, sabe muito bem o que quer e usa o que for necessário para isto.

O que está claro por sua vez é que a burguesia com certeza não quer a esquerda e já deu todos os sinais de que assim como no golpe de 2016, como na perseguição a Lula e nas eleições de 2018 quando levou Bolsonaro ao poder, seu lado já está bem definido e não é o do povo.

A direita tradicional deixou claro que seu único intuito é eleitoral e procura seu próprio candidato para 2022, e não encontrando este candidato próprio seu apoio não irá para a esquerda, mas para Bolsonaro, o mesmo que ironicamente dizem combater para se infiltrarem na mobilização, o que ela só quer para destruir o movimento e canalizar a disposição popular para manobras institucionais e campanhas eleitorais.  E assim a total falta de senso de realidade de setores da esquerda vai alimentando aquilo ao qual o mobilização popular combate e que só a consciência das massas tem impedido de esfacelar o movimento.

 

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