Nos últimos anos, a maior parte da esquerda, quando não estava boicotando as mobilizações, pouco fez para incentivar a luta contra o golpe. Agora, com as eleições presidenciais se aproximando, é hora de quebrar essa paralisia e impulsionar o povo para colocar de volta no Planalto aquele que foi o principal alvo da manobra da direita golpista, o ex-presidente Lula.
Para que isso ocorra, é preciso urgentemente impulsionar a formação de comitês de luta que defendam sem ressalvas a campanha por Lula presidente e por fora Bolsonaro e todos os golpistas.
É necessário agir e colocar o bloco na rua, como diz a música, não dá para dormir de touca. É preciso chamar o povo para formar milhares de comitês por todo o país e não cair na onda do PSB e demais partidos golpistas que já trabalham para sabotar a candidatura de Lula.
As alianças com os partidos que destituíram Dilma Rousseff só pode resultar em uma tremenda sabotagem para impor uma derrota a Lula e aos trabalhadores. Afinal, com a ordem do imperialismo, ao lado de uma campanha diuturna do Partido da Imprensa Golpista (PIG), o Mussolini de Maringá, Sérgio Moro, teve apoio de partidos como o PSDB, o DEM, o MDB e, até mesmo, partidos ditos de esquerda, como é o caso do PDT e do PSB para realizar o golpe no Brasil.
Entre outros partidos que fizeram coro no golpe de 2016, o PSB vem se utilizando de Lula para tentar obter alguma popularidade. Da mesma forma que a imprensa capitalista vem fazendo uma incessante campanha para colocar um direitista como vice de Lula, esse mesmo PSB, pela enésima vez, disse que o golpista Alckmin (ex-PSDB e, agora, sem partido), estava para se filiar a esse fisiológico partido. Uma manobra que vários outros vêm se utilizando, ou seja, a de pegar uma carona rumo a uma maior popularidade. Porém, todos querem, na verdade, é dar uma facada nas costas do único candidato que tem condições de vencer as eleições presidenciais de 2022, Lula.
Comitês da CUT
Nada mais justo que as organizações dos trabalhadores se posicionarem diante dessa luta que tem por objetivo a destruição do golpe e, consequentemente, a eleição de Lula. Desta forma, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) assumiu a campanha pela formação de milhares de Comitês de Luta.
Essa deve ser a política a ser seguida, ampliada e aprofundada.
O problema dos comitês se deu já na época do impeachment de Dilma Rousseff. Àquela altura, foram formados comitês de defesa de sedes de organizações da esquerda, que estavam sendo atacadas pela extrema direita, e também comitês em defesa de Dilma, contra seu impeachment.
Esses comitês mantiveram uma determinada rotina até os dias de hoje, passando, inclusive, pela formação dos comitês contra a prisão de Lula e, em seguida, por sua liberdade, onde se espalharam por todo o País.
Milhares por todo o País
Novamente, se coloca a necessidade da adoção dessa política. Atualmente, o PT lançou uma campanha pela formação de Comitês, no entanto, um setor da direita do partido parece querer outra coisa, uma vez que a campanha está andando a passos lentos. É preciso ampliar ao máximo possível a criação dos comitês de luta, tanto nas fábricas, nos bairros, entre os sem terras, nas escolas, universidades, etc. Ou seja, assumir abertamente a questão da defesa de Lula presidente e por um governo dos trabalhadores em absolutamente todas as camadas do povo brasileiro.