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Golpe na Praça

Campanha “pela democracia” é preparação para uma ditadura feroz

Não há nada a comemorar diante dos manifestos dos banqueiros

Nos últimos dias, diversos manifestos em defesa da enigmática “democracia”, da qual muito se fala mas pouco se explica, vêm sendo apresentados com muita pompa e circunstância pela imprensa capitalista.  Ao mesmo tempo, chacinas como a recente ocorrida no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, não param de acontecer, mas as organizações de esquerda consideram mais dignas de atenção as críticas de Bolsonaro às urnas eletrônicas do que o massacre intermitente da população trabalhadora brasileira pelas próprias instituições do Estado.

E é esse desprezo pelo que de concreto acontece na vida dos trabalhadores e o apreço pela demagogia da direita que distancia cada vez mais a política da esquerda dos reais interesses da população brasileira.

Esse distanciamento leva a esquerda a apoiar iniciativas como a hipócrita “Carta aos Brasileiros, em defesa da democracia”, assinada por inimigos irreconciliáveis da classe trabalhadora como os banqueiros Roberto Setúbal e Pedro Moreira (Itaú /Unibanco), Fábio Barbosa ( Santander) e ministros do Supremo Tribunal Federal.

Como lutar pela “democracia” nunca é demais, a FIESP, dona do pato amarelo, símbolo dos coxinhatos pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff em 2016, também resolveu lançar a sua própria carta pela democracia intitulada “Em defesa pela democracia e pela justiça”, assinada pela FIESP em conjunto com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e — pasmem — as centrais sindicais. 

É um erro crasso por parte das centrais sindicais apoiar iniciativas ao lado de tão notórios inimigos do povo, tratasse de uma ajuda para cavar a própria cova.

Isso porque esse manifesto pela “democracia” de democrático não tem nada.

Toda essa movimentação tem por intuito impedir que o processo eleitoral brasileiro possa ser criticado. Os signatários das cartas dizem que essa é uma luta contra Bolsonaro, mas foi justamente pela ação desses ilustres assinantes da carta pela “democracia” que Bolsonaro chegou ao poder. Já circula inclusive o boato de que a FIESP convidará o próprio Bolsonaro a assinar o manifesto!

O processo de votação deveria ter como pré-requisito inegociável a possibilidade de ser auditado pela população. A urna eletrônica impossibilita essa auditoria.

Acontece que agora as imposições do Tribunal Superior Eleitoral não poderão mais ser questionadas, é isso que pedem as cartas pela “democracia”.

A clamada “democracia” que pedem os signatários desses manifestos é a obediência às instituições responsáveis pela retirada ilegal do ex presidente Lula das eleições em 2018. E essa é uma campanha levada a cabo, exatamente, pelo grande arquiteto do golpe de Estado, como comprovam os elogios feitos pela embaixada norte-americana ao processo eleitoral do Brasil.

Alexandre de Moraes, indicado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal pelo presidente golpista Michel Temer, assumirá em breve a presidência do Tribunal Superior Eleitoral e já informou que qualquer candidato poderá ser cassado caso seja acusado de falar “fake news” ou criticar a Justiça Eleitoral.

Em nome de uma democracia oca, a esquerda está ajudando a fechar cada vez mais o regime.

Como muito bem lembrou Rui Costa Pimenta na última Análise Política da Semana, esse é um velho e conhecido truque do imperialismo utilizar se da fantasiosa busca pela “democracia” para perseguir a própria população dos países que oprimem.

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